Cenário
A sociedade européia estava marcada pelas incertezas (1919-1939). A Alemanha sofria com as humilhações do Tratado de Versalhes. O Tratado trouxe consigo nacionalismo, revanchismo e racismo. O termino da 1ª Guerra aprofundou as tensões socias. Esse contexto foi propício para o surgimento de grupos de extrema direita, tanto na Itália como na Alemanha. É aí que surge o fascismo italiano ( Mussolini ) e o nazismo alemão ( Hitler ) como alternativa ao bolchevismo.
Fascismo (surgiu na Itália ):
Características
• Único partido
• Ideologia fundada no culto de um chefe ( oposição ao comunismo)
• Objetiva a expansão imperialista
• Mobilização das massas
• Aniquilar opositores (terror, violência)
• Propaganda e controle das informações.
Nazismo (surgiu na Alemanha ):
Características
• Idéia de se ter o controle total da sociedade ( totalitarismo)
• Transformar a natureza humana (usando o terror )
• Partido único
• Terror policial
• Ideologia oficial
• Extinção da sociedade civil (direitos)
• Todas as instituições giram em torno da ideologia do partido
Itália
• Unificação em 1870/71 crise após a gierra
• Desequilíbrio regional Norte = burguês ; Sul= Agrário
• Tensão social causada pela inflação
• Precisava de um “salvador da pátria” Benito Mussolini
• 1919, Mussolini organiza o Fascio de Combatimento movimento nacionalista
• 1921, funda o Partido Fascista e utiliza o medo dos bolcheviques para convencer a elite
• Fascista assumem o poder em 1922 ( Camisas negras assassinavam os comunistas)
• Mussolini marcha com 500 mil pessoas obrigando o rei Vitor Emanuel a dar o cargo de 1º ministro
• A democracia aos poucos é extinta da Itália
Características do governo de Mussolini:
• Acabou com as liberdades individuais
• Prendeu intelectuais
• Anulou o Senado e a Câmara
• Acabou com os partidos
• Criou a polícia política (OVRA)
• Estimulou o nacionalismo, racismo , militarismo e imperialismo
• A Igreja ficou do lado de Mussolini ( Questão Romana ) Tratado de Latrão 1929
• Carta del lavoro ( carta do trabalho) leis trabalhistas em 1927
Alemanha
• Crise pós 1ª Guerra crise institucional, multidões famintas
• Social Democracia incapaz de resolver os problemas
• 1923, a França invade o Vale do Ruhr em represália pelo não pagamento da dívida
• criou uma onda de nacionalismo
• inflação extremamente elevada 1dólar valia alguns bilhões de marcos
• empobrecimento das camadas populares
• necessitava de um “salvador da pátria”
Hitler (1889-1945)
Hitler tinha sido um ex-cabo do exército alemão que após o término da guerra tinha a missão de se infiltrar nos partidos para obsevar a ideologia deles. É nesse contexto que entra em contato com um pequeno partido que exaltava as origens gemânicas e culpava os judeus pelo fracasso da 1ª Guerra.
O Partido Nazista é criado e Hitler tenta dar um Golpe em 1923. O resultado foi a sua prisão, pois, a Alemanha estava obtendo empréstismos dos americanos e a sua economia dava um sinal de recuperação.
Na prisão escreve o livro Mein Kampf , momento em que fundamenta sua ideologia.
O ano de 1929 é catastrófico, pois, os EUA estavam em sérias dificuldades econômicas ( CRACK) , minguando os investimentos na Alemanha e dando a possibilidade de crescimento do Nazismo na Alemanha.
Em 1930, o Partido Nazista consegue um número surpreendente de cadeiras no parlamento (107). Em 1932, passou para 230 e o presidente alemão Hindenburg nomeia Hitler como Chanceler em 1933. “Misteriosamente” o Parlamento alemão (Reichstag) pega fogo e Hitler culpa os comunistas. O presidente Hindenburg morre em 1934 e Hitler acumula os cargos de Chanceler e Presidente
Começa a partir desse momento uma intensa propaganda nazista e como não bastasse a economia alemã dá sinais de recuperação. A massa de trabalhadores se empolga com o crescimento, enquanto a SS e a SA fazem o policiamento e a perseguição aos opositores e intelectuais. Hitler submete os sindicatos aos interesses do Estado e no auge do nazismo Hitler começa sua campanha anti-semita que acabará matando aproximadamente 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.
História do Nazismo e do
Fascismo
![](http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/histnazfascismo/histnazfascismo1.jpg)
Índice
Introdução
Aqui estão
fotos de (argh!) Fascismo/Nazismo
O Nazismo
Hitler e o
Nazismo
O fracasso
na primeira tentativa de tomada do poder
A crise
económica e a tomada do poder
Fascismo
italiano
A ascensão
de Mussolini
O governo
de Mussolini
Conclusão
Bibliografia
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Introdução
O presente
trabalho insere-se no âmbito da disciplina de história. A temática
que escolhi foi o Nazismo e o Fascismo. Com este trabalho pretendo
conhecer um pouco mais sobre estes dois partidos de estrema direita,
totalitaristas (Nazismo na Alemanha e Fascismo na Itália).
Ao longo
deste trabalho estudo, Hitler e o Nazismo, o fracasso na primeira
tentativa de tomada do poder, a crise económica e a tomada do poder.
Sobre o Fascismo estudo,
a ascensão de Mussolini e o governo de Mussolini.
AQUI ESTÃO FOTOS DO (ARGH!) FASCISMO
/ NAZISMO
![](http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/histnazfascismo/histnazfascismo2.jpg)
O
Nazismo
A partir do
final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha mergulhou em uma crise
económica agravada ainda mais pelas enormes indemnizações impostas
pelo Tratado de Versalhes e pela ocupação do vale do Ruhr por França
e Bélgica. O marco alemão desaba e consegue se estabilizar somente
em Novembro de 1923, quando sua cotação atinge 4,6 biliões de marcos
para US$ 1. A hiper inflação tem efeito devastador sobre a economia,
desorganizando a produção e o comércio. Em 1931, há 4 milhões de
desempregados, quase 30 mil falências e a produção cai em todos os
sectores.
No plano
político, a situação também era grave, pois vários golpes de direita
e esquerda se sucederam, todos fracassados.
A crise
económica mundial de 1929 permitiu a ascensão ao poder do líder do
partido Nazista, Adolf Hitler.
Hitler
e o Nazismo
Hitler
nasceu na Áustria e pretendia ser pintor. Mas, por duas vezes, foi
reprovado nos exames para ingresso na Academia de Viena. Após a
morte dos pais, vivia como um mendigo, pernoitando em albergues e
tentando viver dos cartões postais que pintava.
Quando
começou a guerra, incorporou-se em um regimento alemão. Participou
com bravura, foi ferido duas vezes e condecorado com a Cruz de
Ferro. Mas a derrota o abalou profundamente.
Ele era
extremamente nacionalista. Opunha-se aos judeus, num anti-semitismo
cujas origens são difíceis de serem explicadas. Via nos judeus um
factor de corrupção do povo alemão. Cristo e Marx, dois judeus,
pregavam a igualdade entre os homens e a resignação, ideias que
Hitler considerava nocivas ao povo alemão. Daí, surgiu sua doutrina
racista, segundo a qual os homens eram desiguais por natureza. A
raça superior era a dos arianos (germânicos), altos e alourados. Na
Alemanha, eles existiam em estado puro, sendo, pois, a raça sob a
humilhação do Tratado de Versalhes. O povo alemão deveria agrupar-se
em um único estado: A Grande Alemanha, que reuniria todas as
populações germânicas.
Desprezava
os povos latinos e principalmente os eslavos, os quais julgava que
deveriam ser reduzidos à escravidão, dominados pelos germânicos. A
pureza da raça ariana deveria ser defendida através da impiedosa
perseguição aos judeus.
A partir
dessas ideias de Hitler, surgiu o Nazismo, um regime totalitário e
militarista que se baseava numa mística heróica de regeneração
nacional. Apoia-se no campesinato e não tem a estrutura
corporativista do fascismo.
O
fracasso na primeira tentativa de tomada do poder
Após a
organização do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães
(Nazista), Hitler percorreu a Alemanha para divulgá-lo e conseguir
mais adeptos. As reuniões do partido eram feitas com alguns rituais,
como numerosas paradas, ataques violentos aos socialistas, além dos
uniformes.
Foi fundado
também um jornal partidário. Vários adeptos foram recrutados entre
desempregados. Alguns intelectuais também se filiaram.
Com a crise
de 1923, Hitler organizou uma manifestação militar para tomar o
poder. Numa concentração em Munique, avisou que uma revolução
nacional começara; mas o povo não o seguiu. Após um conflito com a
polícia, Hitler foi preso e o Partido Nazista começou um declínio
contínuo, até que, em 1929, havia menos de 120.000 membros.
A crise
económica e a tomada do poder
Após as
dificuldades económicas dos primeiros anos pós-guerra, até 1924 a
economia alemã havia recuperado seu equilíbrio, graças aos
investimentos vindos do estrangeiro (principalmente dos Estados
Unidos). De 1930 em diante, porém, os capitalistas estrangeiros
começaram a retirar seus empréstimos. A inflação recomeçou e a crise
económica também. A produção do país entrou em declínio.
A miséria
da população permitiu a ascensão política do Partido Nazista, bem
como do partido Comunista. Nas eleições de 1930, essa tendência se
manifestou claramente. Os nazistas elegeram 107 deputados e os
comunistas 77, em detrimento dos partidos liberais.
Em 1932,
terminava o período presidencial de Hindenburg; ele candidatou-se
novamente, tendo Hitler como adversário. Foram necessárias duas
eleições para decidir o pleito. Hitler perdeu, mas obtivera um
considerável número de votos.
O cargo de
primeiro-ministro foi confiado a von Papen. Sua grande dificuldade
era o progresso dos nazistas. Estes aumentaram o número de deputados
no Parlamento nas eleições seguintes. Hindenburg recebeu poderes
excepcionais e chamou Hitler para a vice-chancelaria, mas o chefe
nazista não aceitou.
O Reichstag
(Assembleia Nacional) foi dissolvido e novas eleições realizadas. Os
nazistas perderam várias cadeiras, mas o problema continuou, pois
não era possível governar sem os nazistas ou contra eles.
Hindenburg
substituiu von Papen por um general de tendências socialistas,
esperando ganhar mais apoio popular. Mas o próprio von Papen
convenceu o presidente a chamar Hitler para o poder, esperando assim
poder controlá-lo melhor. No dia 30 de Janeiro de 1933, Hitler
assumiu a chancelaria, com von Papen como vice-chanceler.
Da chegada
ao poder até o estabelecimento da ditadura foi um passo rápido.
Hitler formou um governo de coalizão direitista, incluindo os
nazistas, nacionalistas, independentes e católicos. Em 27 de
fevereiro promoveu o incêndio do Reichstag, atribuindo-o aos
comunistas, como pretexto para decretar o fechamento da imprensa, a
suspensão das actividades dos partidos de esquerda e o estado de
emergência. Em 5 de Março do mesmo ano conseguiu a vitória nas
eleições para o Reichstag com ampla maioria dos votos, usando todos
os meios lícitos e ilícitos para chegar a este resultado.
O novo
Reichstag eleito deu a Hitler plenos poderes. As cores da República
foram substituídas por uma bandeira vermelha com a cruz gamada em
negro e branco, símbolo do Partido Nazista. Todos os partidos, com
excepção do nazista, foram dissolvidos e proibidos de se
reorganizar. Hitler tornou-se o condutor, o guia e chefe.
Quando
morreu Hindenburg em 1934, não foi eleito outro presidente. Hitler
acumulou as funções de chanceler e chefe de Estado. Um plebiscito
confirmou esta decisão com cerca de 90% dos votos a favor.
Estava
legalizado o totalitarismo na Alemanha. Como Mussolini na Itália,
Hitler detinha agora o poder absoluto em seu país.
Com a
ascensão de Hitler ao poder, o anti-semitismo e os actos de
violência contra judeus se tornaram política de estado. Em Abril de
1933 os judeus foram proibidos de praticar a medicina e a advocacia
e de ocupar cargos públicos. Em 1935 judeus e demais minorias de
sangue não - germânico foram privados de direitos constitucionais e
proibidos de casar-se ou manter relações extramatrimoniais com
cidadãos alemães ou de sangue ariano. Em 1936 foi criado o Serviço
para a Solução do Problema Judeu, sob a supervisão das SS, que se
dedicava à exterminação sistemática dos judeus por meio da
deportação para guetos ou campos de concentração. Durante a Segunda
Guerra, foram estabelecidos na Polónia ocupada os campos de
extermínio em massa. Cerca de 6 milhões de judeus foram executados.
![](http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/histnazfascismo/histnazfascismo3.jpg)
Fig.7: Bandeira da Gestapo (polícia política de
Hitler)
![](http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/histnazfascismo/histnazfascismo4.jpg)
Fig.8:
Manifestação
Hitler
preferia as grandes manifestações e comícios noturnos, pela
possibilidade de criar ‘rituais’ mais ‘hipnotizantes’, com
tochas e luzes que lembravam rituais quase medievais, quase
‘religiosos’, onde as forças instintivas do ser humano podiam ser
‘liberadas’. A noite também ajudava a fazer com que qualquer um
perdesse a noção de quantas pessoas estavam ali... ou da própria
dimensão do evento.
![](http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/histnazfascismo/histnazfascismo5.jpg)
Fig.9:
Manifestação
Fascismo italiano
A crise
socioeconómica
da Itália tornou-se grave a partir do fim da Primeira Guerra
Mundial. Embora tivesse terminado a guerra do lado vitorioso, a
Itália não recebeu as recompensas territoriais que lhes foram
prometidas.
O aumento da
inflação,
do desemprego e da fome eram alguns dos problemas que abalavam a
economia italiana.
A monarquia parlamentar, conduzida pelo rei Vítor
Emanuel III, tolerava as crescentes manifestações dos sectores
populares, sendo
incapaz
de atender suas reivindicações.
A alta burguesia
italiana
e as classes médias conservadoras, mostravam-se apavoradas com a
crescente movimentação social dos trabalhadores.
A
ascensão de Mussolini
Benito
Mussolini
pertencera ao Partido Socialista Italiano, tendo sido expulso devido
às suas posições oportunistas e antipacifistas nos anos da Primeira
Guerra Mundial.
Em
Março
de 1919, Mussolini fundou uma organização denominada fasci di
combattimento (esquadrões de combate), composta por ex-combatentes e
desempregados, e contou com o financiamento de alguns industriais.
Utilizando
métodos violentos e inescrupulosos contra seus opositores,
desenvolveram-se, transformando-se no Partido Nacional
Fascista.
Protestando
contra a crescente violência fascista, os partidos de inspiração
marxista convocaram, em Agosto de 1922, uma greve geral dos
trabalhadores. Os fascistas exigiram que o governo acabasse com a
greve e restabelecesse a ordem. Impotente para controlar a situação,
o governo abriu espaço para a acção violenta dos fascistas.
Mussolini
organizou em 28 de Outubro de 1922, a Marcha sobre Roma, promovendo
uma passeata de cerca de 50 mil fascistas em Roma. Pressionado, o
rei Vítor Emanuel III encarregou Mussolini de formar um novo
governo, em 28 de Outubro de 1922.
O
governo de Mussolini
O governo de
Mussolini
pode ser dividido em duas grandes fases:
Consolidação do Fascismo (1922 a 1924)
– Mussolini realizou um governo marcado pelo nacionalismo extremado,
e pelo capitalismo.
Paralelamente,
fortaleceu as organizações fascistas com a fundação das Milícias de
Voluntários para a segurança Nacional. Valendo-se de todos os
métodos possíveis, inclusive de fraude eleitoral, os fascistas
garantiram a vitória do Partido nas eleições parlamentares de Abril
de 1924. O deputado socialista Giacomo Matteoti denunciou as
violências fascistas. Devido a sua firme oposição, Matteoti foi
assassinado em Maio de 1924. A morte de Matteoti provocou indignação
popular e forte reacção da imprensa política oposicionista.
Mussolini assumiu a responsabilidade histórica pelo homicídio do
líder socialista, decretando uma série de leis que fortalecia o
governo.
Ditadura Fascista (1925 a 1939)
– Nos meses finais de 1925, Mussolini implantou o
fascismo na Itália. Os sindicatos dos trabalhadores
passaram
a ser controlados pelo Estado por meio do sistema corporativista.
Foi criado um tribunal especial para julgar crimes considerados
ofensivos à segurança do Estado. Inúmeros jornais foram fechados, os
partidos de oposição foram dissolvidos, milhares de pessoas foram
presas e outras foram expulsas do país. A Ovra, polícia secreta
fascista, utilizou os mais terríveis tipos de violência na
perseguição dos oposicionistas. Os fascistas puniam seus adversários
obrigando-os a ingerir óleo de rícino. Mussolini empenhou-se em
fazer da Itália uma grande potência capitalista mundial. Para isso
promoveu a conquista da Etiópia, em 1936, e o revigoramento
industrial. Mussolini tornou-se conhecido como o Duce, em italiano,
aquele que dirige .
![](http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/histnazfascismo/histnazfascismo6.jpg)
Fig.10: Mussolini, líder fascista italiano
Conclusão
Neste
trabalho
aprendemos
muito mais sobre Nazismo e Fascismo, uma vez que é um tema muito
interessante.
Aprendi que
"Nazismo"
ou o "Nacional-socialismo" designa a política da ditadura que
governou a Alemanha de 1933 a 1945, o "Terceiro Reich". O nazismo é
frequentemente associado ao fascismo, embora os nazis dissessem
praticar uma forma nacionalista e totalitária de socialismo (oposta
ao socialismo internacional marxista).
O fascismo
é
uma
doutrina totalitária de extrema-direita desenvolvida por Benito
Mussolini na Itália, a partir de 1919, e durante seu governo (1922 –
1943 e 1943 – 1945). Fascismo deriva de fascio, nome de grupos
políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do
século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que nos
tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado
cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a
unidade do povo. Os fascistas italianos também ficaram conhecidos
pela expressão camisas negras, em virtude do uniforme que
utilizavam.
Fascismo e Nazismo
08/05/2008
O
Fascismo não tem nada a haver com o socialismo, na realidade, são duas
coisas opostas. E o Nazismo é uma forma de fascismo. Na Alemanha podem
dizer que era nazista, fascista ou nazi-fascista => é a mesma coisa.
Houve a 1.ª Guerra Mundial, a Revolução Russa e a crise de 29. A I Guerra Mundial destruiu a Itália, em especial, o norte, que era a região mais rica, industrializada, vai sobrar apenas uma região agrícola e uma grande massa de desempregados, não vão ganhar nada com o tratado de Versalhes, morreram 700 mil soldados italianos e os que sobraram ficaram desempregados como veteranos de guerra. Com a Alemanha, a situação também ficou muito ruim. O tratado de Versalhes "acabou" com a Alemanha, onde também há desempregados, inflação e veteranos de guerra (como Adolf Hitler).
Então, numa sociedade como a da Itália ou da Alemanha, onde há muita crise e pouca esperança, onde todos já perderam a perspectiva de um mundo melhor e só numa sociedade como essa, quase no limite para se desfazer, é que é possível compreender o nazismo e o fascismo, porque ambos são irracionais => se colocarmos todas as idéias num papel, vamos contestá-las. Mas, como as pessoas que moram nesses países estão tão desesperadas, elas não vão contestar nada, vão apenas atender aos princípios do nazismo e do fascismo.
Para entendermos melhor a situação vamos dar um exemplo: "você está num barco e este começa a afundar, mas você tem a perspectiva de escapar do naufrágio e que será salvo, mas depois que muito tempo se passa, você começa a perder as esperanças, até que depois de alguns dias, chega alguém e joga uma tábua para salvar as pessoas do barco, aí você não vai estar interessado em quem é a pessoa, nem de onde veio a tábua, você apenas se agarra nela para se salvar". Assim também ocorreu na Itália e na Alemanha, onde chega alguém que joga no meio do povo, que estava na desgraça, uma proposta de salvação e o povo vai se "agarrar" a essa proposta.
Na Itália, essa pessoa vai ser Benito Mussolini e ele diz para o povo desempregado: "Você acha justo ter seguido todas as regras e não conseguiu nada? Você está sozinho nesse sistema, a nossa sociedade é cruel e individualista" e diz para as pessoas que sozinhas elas não são nada, então ele mostra para o povo um graveto e o quebra dizendo que cada pessoas sozinha na sociedade é frágil. Mas, depois, Mussolini propõe que todos fossem unidos em torno de um objetivo em comum, atuassem em conjunto e se ajudassem uns aos outros, aí ele volta e dessa vez pega um feixe de gravetos e não consegue quebrar, mostrando que sozinhos eles são quebrados pelo sistema, mas juntos, são invencíveis. Daí vem a palavra fascismo => vem da palavra fácil que em italiano significa feixe => daí, o símbolo do fascismo ser um feixe de gravetos que era o símbolo do Império Romano (houve um resgate, da história do próprio povo, de um símbolo de união). Eles iriam se unir em torno do Estado => as pessoas atuariam em favor do Estado e estes protegeria, mas para isso, as pessoas deveriam abandonar todos os seus interesses individuais, deveriam pensar não o que é melhor para elas, e sim, naquilo que é melhor para o país delas. Esse tipo de idéia foi chamada de Totalitarismo (é uma concepção que mostra às pessoas que nada deve existir fora do Estado, nada existe além do Estado, tudo é o Estado).
Benito Mussolini diz, então, que quando um italiano nasce, ele é de sua responsabilidade => vai cuidar dele, dando saúde, trabalho, comida e salário e diz que o italiano só deixa de ser sua responsabilidade quando ele morre e quando isso acontece, Mussolini passa a sua alma para ser sepultada pela santa igreja católica. Se uma pessoa está com uma péssima vida e chega alguém prometendo todas essas coisas, ela não pensa duas vezes em apoiar esse alguém e vai ser isso o que vai acontecer.
Depois do totalitarismo (nada existe fora do Estado), é necessário nomear um líder e esse líder vai ser:
•Benito Mussolini - Itália;
•Adolf Hitler - Alemanha;
•Getúlio Vargas - Brasil;
•Antônio de Oliveira Salazar - Portugal
•General Franco - Espanha.
E a palavra do líder nunca deve ser questionada, por isso que todo regime totalitário é uma ditadura (Autoritarismo). Segundo Hitler e Mussolini, as nações precisavam de trabalho e prosperidade, não de liberdade. Se alguém é contra o líder, este pode mandar matá-lo. Hitler: "a força vital de um povo, o seu direito à vida, se manifestam, quando alguém aparece para conduzi-lo". Em cada país, esse condutor vai receber um nome especial:
•Duce - Itália - quer dizer condutor, aquele que conduz, Mussolini foi chamado de Duce.
•Führer - Alemanha - quer dizer condutor, aquele que conduz, Hitler foi chamado de Führer.
•Pai (figura masculina que está perto quando nascemos) - Brasil - Getúlio Vargas era chamado de o Pai dos Trabalhadores (Pobres).
» Nacionalismo: colocar a culpa no estrangeiro, tudo deveria ser feito para a Nação. Na Alemanha existe uma certa homogeneidade da raça => a raça germânica, se fosse colocado um negro dentro duma sociedade branca, este seria bem diferente e seria culpado pela desgraça do povo, no caso da Alemanha, os culpados foram os judeus (possuem cultura diferente, são mais baixos, nomes diferentes, tem sotaque, comem outro tipo de comida, possuem feriados em datas diferentes => são fáceis de serem identificados). Essa idéia de estrangeiro não poderia ser inserida no Brasil, pois há uma grande mistura de raças, mas ainda hoje existem organizações (no RS e SP) que são neo-nazistas (vão culpar os judeus pela desgraça do país), ainda vão haver grupos que vão culpar os EUA, os nordestinos, os negros e até as mulheres. E os estrangeiros vão ser eliminados do mercado de trabalho com o uso de armas => para Hitler, não existe solução que não passe pelo campo de batalha: "a luta é a mãe de todas as coisas, não é com princípios humanitários que o homem vive, mas unicamente por meio da luta mais brutal" - preparação para a guerra => matar o povo que está ocupando o lugar da "raça superiora". Ao mesmo tempo, Hitler diz: "quem tem aço, tem pão" => para que vamos produzir trigo, se podemos construir canhões e tomar o trigo de quem produz? Para que ser uma pátria de camponeses, se podemos ser os líderes? Porque só há uma raça: a germânica, as demais raças só servem para servir os germânicos.
Também houve o Militarismo. Pondo fardas (sentimento de igualdade entre as pessoas => Itália - Camisas Negras; Alemanha - Tropas de Assalto - Camisas Pardas; Brasil - Camisas Verdes - são os integralistas) nas pessoas e pagando um salário, cria-se empregos e prepara-se para a guerra ("a guerra regenera", a "luta é tudo", a "expansão salva"). Pôr o uniforme em uma pessoa em crise faz bem, porque faz a pessoa se sentir como parte de um conjunto, igual às outras. E isso serve em toda sociedade em crise, não importa a época.
Outra característica do nazi-fascismo é o Romantismo (é dar a vida pelo país, se preparar para o sacrifício, é totalmente irracional). Diziam que a razão não consegue solucionar os problemas do país, apenas a fé, o sacrifício, o heroísmo e a força é que conseguem resolver os problemas nacionais. Hitler: "a ruína de uma nação só pode ser impedida por uma tempestade de paixão, mas só os apaixonados podem despertar paixão nos outros" => paixão nesse caso não significa amor, e sim, esse romantismo. O povo deveria ter muita força de vontade.
Na hora de culpar o sistema, vão culpar os comunistas pelo caos reinante (Anti-comunismo). Na verdade, nem Itália, nem Alemanha são comunistas, elas são capitalistas, mas o povo não quer pensar nisso, apenas querem um culpado => os comunistas.
Ao mesmo tempo que é anti-comunista, é Anti-liberal, então mesmo sendo capitalista, o Estado vai dirigir as aplicações econômicas. Anti-liberal é diferente de anti-capitalista, é apenas um capitalismo dirigido => um Estado intervindo na economia.
Além dessas características gerais (totalitarismo, autoritarismo, nacionalismo, militarismo, anti-comunismo, anti-liberal e romantismo), ainda há características específicas dos países:
» Itália: existe o corporativismo => os sindicatos de trabalhadores e de patrões são extintos e, no lugar, aparecem associações (corporações) de produtores => junta-se o padrão e o empregado em um mesmo sindicato (uma mesma corporação). Isso é feito para que não exista a formação de sindicatos socialistas e, além disso, quando se junta patrão e empregado, retira-se a visão de capital e trabalho separados => eles acham que estão juntos e estar junto significa lutar pela nação, isto é, fortaleceu-se o nacionalismo.
» Alemanha: existe o racismo, principalmente o anti-semita (contra judeus). Culpa-se o "diferente". Hitler vai contar uma grande mentira => ele dizia que durante a I GM, os judeus vendiam os segredos dos alemães para a Tríplice Entente e que, na crise, o judeu se apropriava do capital que era alemão.
Houve a 1.ª Guerra Mundial, a Revolução Russa e a crise de 29. A I Guerra Mundial destruiu a Itália, em especial, o norte, que era a região mais rica, industrializada, vai sobrar apenas uma região agrícola e uma grande massa de desempregados, não vão ganhar nada com o tratado de Versalhes, morreram 700 mil soldados italianos e os que sobraram ficaram desempregados como veteranos de guerra. Com a Alemanha, a situação também ficou muito ruim. O tratado de Versalhes "acabou" com a Alemanha, onde também há desempregados, inflação e veteranos de guerra (como Adolf Hitler).
Então, numa sociedade como a da Itália ou da Alemanha, onde há muita crise e pouca esperança, onde todos já perderam a perspectiva de um mundo melhor e só numa sociedade como essa, quase no limite para se desfazer, é que é possível compreender o nazismo e o fascismo, porque ambos são irracionais => se colocarmos todas as idéias num papel, vamos contestá-las. Mas, como as pessoas que moram nesses países estão tão desesperadas, elas não vão contestar nada, vão apenas atender aos princípios do nazismo e do fascismo.
Para entendermos melhor a situação vamos dar um exemplo: "você está num barco e este começa a afundar, mas você tem a perspectiva de escapar do naufrágio e que será salvo, mas depois que muito tempo se passa, você começa a perder as esperanças, até que depois de alguns dias, chega alguém e joga uma tábua para salvar as pessoas do barco, aí você não vai estar interessado em quem é a pessoa, nem de onde veio a tábua, você apenas se agarra nela para se salvar". Assim também ocorreu na Itália e na Alemanha, onde chega alguém que joga no meio do povo, que estava na desgraça, uma proposta de salvação e o povo vai se "agarrar" a essa proposta.
Na Itália, essa pessoa vai ser Benito Mussolini e ele diz para o povo desempregado: "Você acha justo ter seguido todas as regras e não conseguiu nada? Você está sozinho nesse sistema, a nossa sociedade é cruel e individualista" e diz para as pessoas que sozinhas elas não são nada, então ele mostra para o povo um graveto e o quebra dizendo que cada pessoas sozinha na sociedade é frágil. Mas, depois, Mussolini propõe que todos fossem unidos em torno de um objetivo em comum, atuassem em conjunto e se ajudassem uns aos outros, aí ele volta e dessa vez pega um feixe de gravetos e não consegue quebrar, mostrando que sozinhos eles são quebrados pelo sistema, mas juntos, são invencíveis. Daí vem a palavra fascismo => vem da palavra fácil que em italiano significa feixe => daí, o símbolo do fascismo ser um feixe de gravetos que era o símbolo do Império Romano (houve um resgate, da história do próprio povo, de um símbolo de união). Eles iriam se unir em torno do Estado => as pessoas atuariam em favor do Estado e estes protegeria, mas para isso, as pessoas deveriam abandonar todos os seus interesses individuais, deveriam pensar não o que é melhor para elas, e sim, naquilo que é melhor para o país delas. Esse tipo de idéia foi chamada de Totalitarismo (é uma concepção que mostra às pessoas que nada deve existir fora do Estado, nada existe além do Estado, tudo é o Estado).
Benito Mussolini diz, então, que quando um italiano nasce, ele é de sua responsabilidade => vai cuidar dele, dando saúde, trabalho, comida e salário e diz que o italiano só deixa de ser sua responsabilidade quando ele morre e quando isso acontece, Mussolini passa a sua alma para ser sepultada pela santa igreja católica. Se uma pessoa está com uma péssima vida e chega alguém prometendo todas essas coisas, ela não pensa duas vezes em apoiar esse alguém e vai ser isso o que vai acontecer.
Depois do totalitarismo (nada existe fora do Estado), é necessário nomear um líder e esse líder vai ser:
•Benito Mussolini - Itália;
•Adolf Hitler - Alemanha;
•Getúlio Vargas - Brasil;
•Antônio de Oliveira Salazar - Portugal
•General Franco - Espanha.
E a palavra do líder nunca deve ser questionada, por isso que todo regime totalitário é uma ditadura (Autoritarismo). Segundo Hitler e Mussolini, as nações precisavam de trabalho e prosperidade, não de liberdade. Se alguém é contra o líder, este pode mandar matá-lo. Hitler: "a força vital de um povo, o seu direito à vida, se manifestam, quando alguém aparece para conduzi-lo". Em cada país, esse condutor vai receber um nome especial:
•Duce - Itália - quer dizer condutor, aquele que conduz, Mussolini foi chamado de Duce.
•Führer - Alemanha - quer dizer condutor, aquele que conduz, Hitler foi chamado de Führer.
•Pai (figura masculina que está perto quando nascemos) - Brasil - Getúlio Vargas era chamado de o Pai dos Trabalhadores (Pobres).
» Nacionalismo: colocar a culpa no estrangeiro, tudo deveria ser feito para a Nação. Na Alemanha existe uma certa homogeneidade da raça => a raça germânica, se fosse colocado um negro dentro duma sociedade branca, este seria bem diferente e seria culpado pela desgraça do povo, no caso da Alemanha, os culpados foram os judeus (possuem cultura diferente, são mais baixos, nomes diferentes, tem sotaque, comem outro tipo de comida, possuem feriados em datas diferentes => são fáceis de serem identificados). Essa idéia de estrangeiro não poderia ser inserida no Brasil, pois há uma grande mistura de raças, mas ainda hoje existem organizações (no RS e SP) que são neo-nazistas (vão culpar os judeus pela desgraça do país), ainda vão haver grupos que vão culpar os EUA, os nordestinos, os negros e até as mulheres. E os estrangeiros vão ser eliminados do mercado de trabalho com o uso de armas => para Hitler, não existe solução que não passe pelo campo de batalha: "a luta é a mãe de todas as coisas, não é com princípios humanitários que o homem vive, mas unicamente por meio da luta mais brutal" - preparação para a guerra => matar o povo que está ocupando o lugar da "raça superiora". Ao mesmo tempo, Hitler diz: "quem tem aço, tem pão" => para que vamos produzir trigo, se podemos construir canhões e tomar o trigo de quem produz? Para que ser uma pátria de camponeses, se podemos ser os líderes? Porque só há uma raça: a germânica, as demais raças só servem para servir os germânicos.
Também houve o Militarismo. Pondo fardas (sentimento de igualdade entre as pessoas => Itália - Camisas Negras; Alemanha - Tropas de Assalto - Camisas Pardas; Brasil - Camisas Verdes - são os integralistas) nas pessoas e pagando um salário, cria-se empregos e prepara-se para a guerra ("a guerra regenera", a "luta é tudo", a "expansão salva"). Pôr o uniforme em uma pessoa em crise faz bem, porque faz a pessoa se sentir como parte de um conjunto, igual às outras. E isso serve em toda sociedade em crise, não importa a época.
Outra característica do nazi-fascismo é o Romantismo (é dar a vida pelo país, se preparar para o sacrifício, é totalmente irracional). Diziam que a razão não consegue solucionar os problemas do país, apenas a fé, o sacrifício, o heroísmo e a força é que conseguem resolver os problemas nacionais. Hitler: "a ruína de uma nação só pode ser impedida por uma tempestade de paixão, mas só os apaixonados podem despertar paixão nos outros" => paixão nesse caso não significa amor, e sim, esse romantismo. O povo deveria ter muita força de vontade.
Na hora de culpar o sistema, vão culpar os comunistas pelo caos reinante (Anti-comunismo). Na verdade, nem Itália, nem Alemanha são comunistas, elas são capitalistas, mas o povo não quer pensar nisso, apenas querem um culpado => os comunistas.
Ao mesmo tempo que é anti-comunista, é Anti-liberal, então mesmo sendo capitalista, o Estado vai dirigir as aplicações econômicas. Anti-liberal é diferente de anti-capitalista, é apenas um capitalismo dirigido => um Estado intervindo na economia.
Além dessas características gerais (totalitarismo, autoritarismo, nacionalismo, militarismo, anti-comunismo, anti-liberal e romantismo), ainda há características específicas dos países:
» Itália: existe o corporativismo => os sindicatos de trabalhadores e de patrões são extintos e, no lugar, aparecem associações (corporações) de produtores => junta-se o padrão e o empregado em um mesmo sindicato (uma mesma corporação). Isso é feito para que não exista a formação de sindicatos socialistas e, além disso, quando se junta patrão e empregado, retira-se a visão de capital e trabalho separados => eles acham que estão juntos e estar junto significa lutar pela nação, isto é, fortaleceu-se o nacionalismo.
» Alemanha: existe o racismo, principalmente o anti-semita (contra judeus). Culpa-se o "diferente". Hitler vai contar uma grande mentira => ele dizia que durante a I GM, os judeus vendiam os segredos dos alemães para a Tríplice Entente e que, na crise, o judeu se apropriava do capital que era alemão.
Fascismo e Nazismo
08/05/2008
O
Fascismo não tem nada a haver com o socialismo, na realidade, são duas
coisas opostas. E o Nazismo é uma forma de fascismo. Na Alemanha podem
dizer que era nazista, fascista ou nazi-fascista => é a mesma coisa.
Houve a 1.ª Guerra Mundial, a Revolução Russa e a crise de 29. A I Guerra Mundial destruiu a Itália, em especial, o norte, que era a região mais rica, industrializada, vai sobrar apenas uma região agrícola e uma grande massa de desempregados, não vão ganhar nada com o tratado de Versalhes, morreram 700 mil soldados italianos e os que sobraram ficaram desempregados como veteranos de guerra. Com a Alemanha, a situação também ficou muito ruim. O tratado de Versalhes "acabou" com a Alemanha, onde também há desempregados, inflação e veteranos de guerra (como Adolf Hitler).
Então, numa sociedade como a da Itália ou da Alemanha, onde há muita crise e pouca esperança, onde todos já perderam a perspectiva de um mundo melhor e só numa sociedade como essa, quase no limite para se desfazer, é que é possível compreender o nazismo e o fascismo, porque ambos são irracionais => se colocarmos todas as idéias num papel, vamos contestá-las. Mas, como as pessoas que moram nesses países estão tão desesperadas, elas não vão contestar nada, vão apenas atender aos princípios do nazismo e do fascismo.
Para entendermos melhor a situação vamos dar um exemplo: "você está num barco e este começa a afundar, mas você tem a perspectiva de escapar do naufrágio e que será salvo, mas depois que muito tempo se passa, você começa a perder as esperanças, até que depois de alguns dias, chega alguém e joga uma tábua para salvar as pessoas do barco, aí você não vai estar interessado em quem é a pessoa, nem de onde veio a tábua, você apenas se agarra nela para se salvar". Assim também ocorreu na Itália e na Alemanha, onde chega alguém que joga no meio do povo, que estava na desgraça, uma proposta de salvação e o povo vai se "agarrar" a essa proposta.
Na Itália, essa pessoa vai ser Benito Mussolini e ele diz para o povo desempregado: "Você acha justo ter seguido todas as regras e não conseguiu nada? Você está sozinho nesse sistema, a nossa sociedade é cruel e individualista" e diz para as pessoas que sozinhas elas não são nada, então ele mostra para o povo um graveto e o quebra dizendo que cada pessoas sozinha na sociedade é frágil. Mas, depois, Mussolini propõe que todos fossem unidos em torno de um objetivo em comum, atuassem em conjunto e se ajudassem uns aos outros, aí ele volta e dessa vez pega um feixe de gravetos e não consegue quebrar, mostrando que sozinhos eles são quebrados pelo sistema, mas juntos, são invencíveis. Daí vem a palavra fascismo => vem da palavra fácil que em italiano significa feixe => daí, o símbolo do fascismo ser um feixe de gravetos que era o símbolo do Império Romano (houve um resgate, da história do próprio povo, de um símbolo de união). Eles iriam se unir em torno do Estado => as pessoas atuariam em favor do Estado e estes protegeria, mas para isso, as pessoas deveriam abandonar todos os seus interesses individuais, deveriam pensar não o que é melhor para elas, e sim, naquilo que é melhor para o país delas. Esse tipo de idéia foi chamada de Totalitarismo (é uma concepção que mostra às pessoas que nada deve existir fora do Estado, nada existe além do Estado, tudo é o Estado).
Benito Mussolini diz, então, que quando um italiano nasce, ele é de sua responsabilidade => vai cuidar dele, dando saúde, trabalho, comida e salário e diz que o italiano só deixa de ser sua responsabilidade quando ele morre e quando isso acontece, Mussolini passa a sua alma para ser sepultada pela santa igreja católica. Se uma pessoa está com uma péssima vida e chega alguém prometendo todas essas coisas, ela não pensa duas vezes em apoiar esse alguém e vai ser isso o que vai acontecer.
Depois do totalitarismo (nada existe fora do Estado), é necessário nomear um líder e esse líder vai ser:
•Benito Mussolini - Itália;
•Adolf Hitler - Alemanha;
•Getúlio Vargas - Brasil;
•Antônio de Oliveira Salazar - Portugal
•General Franco - Espanha.
E a palavra do líder nunca deve ser questionada, por isso que todo regime totalitário é uma ditadura (Autoritarismo). Segundo Hitler e Mussolini, as nações precisavam de trabalho e prosperidade, não de liberdade. Se alguém é contra o líder, este pode mandar matá-lo. Hitler: "a força vital de um povo, o seu direito à vida, se manifestam, quando alguém aparece para conduzi-lo". Em cada país, esse condutor vai receber um nome especial:
•Duce - Itália - quer dizer condutor, aquele que conduz, Mussolini foi chamado de Duce.
•Führer - Alemanha - quer dizer condutor, aquele que conduz, Hitler foi chamado de Führer.
•Pai (figura masculina que está perto quando nascemos) - Brasil - Getúlio Vargas era chamado de o Pai dos Trabalhadores (Pobres).
» Nacionalismo: colocar a culpa no estrangeiro, tudo deveria ser feito para a Nação. Na Alemanha existe uma certa homogeneidade da raça => a raça germânica, se fosse colocado um negro dentro duma sociedade branca, este seria bem diferente e seria culpado pela desgraça do povo, no caso da Alemanha, os culpados foram os judeus (possuem cultura diferente, são mais baixos, nomes diferentes, tem sotaque, comem outro tipo de comida, possuem feriados em datas diferentes => são fáceis de serem identificados). Essa idéia de estrangeiro não poderia ser inserida no Brasil, pois há uma grande mistura de raças, mas ainda hoje existem organizações (no RS e SP) que são neo-nazistas (vão culpar os judeus pela desgraça do país), ainda vão haver grupos que vão culpar os EUA, os nordestinos, os negros e até as mulheres. E os estrangeiros vão ser eliminados do mercado de trabalho com o uso de armas => para Hitler, não existe solução que não passe pelo campo de batalha: "a luta é a mãe de todas as coisas, não é com princípios humanitários que o homem vive, mas unicamente por meio da luta mais brutal" - preparação para a guerra => matar o povo que está ocupando o lugar da "raça superiora". Ao mesmo tempo, Hitler diz: "quem tem aço, tem pão" => para que vamos produzir trigo, se podemos construir canhões e tomar o trigo de quem produz? Para que ser uma pátria de camponeses, se podemos ser os líderes? Porque só há uma raça: a germânica, as demais raças só servem para servir os germânicos.
Também houve o Militarismo. Pondo fardas (sentimento de igualdade entre as pessoas => Itália - Camisas Negras; Alemanha - Tropas de Assalto - Camisas Pardas; Brasil - Camisas Verdes - são os integralistas) nas pessoas e pagando um salário, cria-se empregos e prepara-se para a guerra ("a guerra regenera", a "luta é tudo", a "expansão salva"). Pôr o uniforme em uma pessoa em crise faz bem, porque faz a pessoa se sentir como parte de um conjunto, igual às outras. E isso serve em toda sociedade em crise, não importa a época.
Outra característica do nazi-fascismo é o Romantismo (é dar a vida pelo país, se preparar para o sacrifício, é totalmente irracional). Diziam que a razão não consegue solucionar os problemas do país, apenas a fé, o sacrifício, o heroísmo e a força é que conseguem resolver os problemas nacionais. Hitler: "a ruína de uma nação só pode ser impedida por uma tempestade de paixão, mas só os apaixonados podem despertar paixão nos outros" => paixão nesse caso não significa amor, e sim, esse romantismo. O povo deveria ter muita força de vontade.
Na hora de culpar o sistema, vão culpar os comunistas pelo caos reinante (Anti-comunismo). Na verdade, nem Itália, nem Alemanha são comunistas, elas são capitalistas, mas o povo não quer pensar nisso, apenas querem um culpado => os comunistas.
Ao mesmo tempo que é anti-comunista, é Anti-liberal, então mesmo sendo capitalista, o Estado vai dirigir as aplicações econômicas. Anti-liberal é diferente de anti-capitalista, é apenas um capitalismo dirigido => um Estado intervindo na economia.
Além dessas características gerais (totalitarismo, autoritarismo, nacionalismo, militarismo, anti-comunismo, anti-liberal e romantismo), ainda há características específicas dos países:
» Itália: existe o corporativismo => os sindicatos de trabalhadores e de patrões são extintos e, no lugar, aparecem associações (corporações) de produtores => junta-se o padrão e o empregado em um mesmo sindicato (uma mesma corporação). Isso é feito para que não exista a formação de sindicatos socialistas e, além disso, quando se junta patrão e empregado, retira-se a visão de capital e trabalho separados => eles acham que estão juntos e estar junto significa lutar pela nação, isto é, fortaleceu-se o nacionalismo.
» Alemanha: existe o racismo, principalmente o anti-semita (contra judeus). Culpa-se o "diferente". Hitler vai contar uma grande mentira => ele dizia que durante a I GM, os judeus vendiam os segredos dos alemães para a Tríplice Entente e que, na crise, o judeu se apropriava do capital que era alemão.
Houve a 1.ª Guerra Mundial, a Revolução Russa e a crise de 29. A I Guerra Mundial destruiu a Itália, em especial, o norte, que era a região mais rica, industrializada, vai sobrar apenas uma região agrícola e uma grande massa de desempregados, não vão ganhar nada com o tratado de Versalhes, morreram 700 mil soldados italianos e os que sobraram ficaram desempregados como veteranos de guerra. Com a Alemanha, a situação também ficou muito ruim. O tratado de Versalhes "acabou" com a Alemanha, onde também há desempregados, inflação e veteranos de guerra (como Adolf Hitler).
Então, numa sociedade como a da Itália ou da Alemanha, onde há muita crise e pouca esperança, onde todos já perderam a perspectiva de um mundo melhor e só numa sociedade como essa, quase no limite para se desfazer, é que é possível compreender o nazismo e o fascismo, porque ambos são irracionais => se colocarmos todas as idéias num papel, vamos contestá-las. Mas, como as pessoas que moram nesses países estão tão desesperadas, elas não vão contestar nada, vão apenas atender aos princípios do nazismo e do fascismo.
Para entendermos melhor a situação vamos dar um exemplo: "você está num barco e este começa a afundar, mas você tem a perspectiva de escapar do naufrágio e que será salvo, mas depois que muito tempo se passa, você começa a perder as esperanças, até que depois de alguns dias, chega alguém e joga uma tábua para salvar as pessoas do barco, aí você não vai estar interessado em quem é a pessoa, nem de onde veio a tábua, você apenas se agarra nela para se salvar". Assim também ocorreu na Itália e na Alemanha, onde chega alguém que joga no meio do povo, que estava na desgraça, uma proposta de salvação e o povo vai se "agarrar" a essa proposta.
Na Itália, essa pessoa vai ser Benito Mussolini e ele diz para o povo desempregado: "Você acha justo ter seguido todas as regras e não conseguiu nada? Você está sozinho nesse sistema, a nossa sociedade é cruel e individualista" e diz para as pessoas que sozinhas elas não são nada, então ele mostra para o povo um graveto e o quebra dizendo que cada pessoas sozinha na sociedade é frágil. Mas, depois, Mussolini propõe que todos fossem unidos em torno de um objetivo em comum, atuassem em conjunto e se ajudassem uns aos outros, aí ele volta e dessa vez pega um feixe de gravetos e não consegue quebrar, mostrando que sozinhos eles são quebrados pelo sistema, mas juntos, são invencíveis. Daí vem a palavra fascismo => vem da palavra fácil que em italiano significa feixe => daí, o símbolo do fascismo ser um feixe de gravetos que era o símbolo do Império Romano (houve um resgate, da história do próprio povo, de um símbolo de união). Eles iriam se unir em torno do Estado => as pessoas atuariam em favor do Estado e estes protegeria, mas para isso, as pessoas deveriam abandonar todos os seus interesses individuais, deveriam pensar não o que é melhor para elas, e sim, naquilo que é melhor para o país delas. Esse tipo de idéia foi chamada de Totalitarismo (é uma concepção que mostra às pessoas que nada deve existir fora do Estado, nada existe além do Estado, tudo é o Estado).
Benito Mussolini diz, então, que quando um italiano nasce, ele é de sua responsabilidade => vai cuidar dele, dando saúde, trabalho, comida e salário e diz que o italiano só deixa de ser sua responsabilidade quando ele morre e quando isso acontece, Mussolini passa a sua alma para ser sepultada pela santa igreja católica. Se uma pessoa está com uma péssima vida e chega alguém prometendo todas essas coisas, ela não pensa duas vezes em apoiar esse alguém e vai ser isso o que vai acontecer.
Depois do totalitarismo (nada existe fora do Estado), é necessário nomear um líder e esse líder vai ser:
•Benito Mussolini - Itália;
•Adolf Hitler - Alemanha;
•Getúlio Vargas - Brasil;
•Antônio de Oliveira Salazar - Portugal
•General Franco - Espanha.
E a palavra do líder nunca deve ser questionada, por isso que todo regime totalitário é uma ditadura (Autoritarismo). Segundo Hitler e Mussolini, as nações precisavam de trabalho e prosperidade, não de liberdade. Se alguém é contra o líder, este pode mandar matá-lo. Hitler: "a força vital de um povo, o seu direito à vida, se manifestam, quando alguém aparece para conduzi-lo". Em cada país, esse condutor vai receber um nome especial:
•Duce - Itália - quer dizer condutor, aquele que conduz, Mussolini foi chamado de Duce.
•Führer - Alemanha - quer dizer condutor, aquele que conduz, Hitler foi chamado de Führer.
•Pai (figura masculina que está perto quando nascemos) - Brasil - Getúlio Vargas era chamado de o Pai dos Trabalhadores (Pobres).
» Nacionalismo: colocar a culpa no estrangeiro, tudo deveria ser feito para a Nação. Na Alemanha existe uma certa homogeneidade da raça => a raça germânica, se fosse colocado um negro dentro duma sociedade branca, este seria bem diferente e seria culpado pela desgraça do povo, no caso da Alemanha, os culpados foram os judeus (possuem cultura diferente, são mais baixos, nomes diferentes, tem sotaque, comem outro tipo de comida, possuem feriados em datas diferentes => são fáceis de serem identificados). Essa idéia de estrangeiro não poderia ser inserida no Brasil, pois há uma grande mistura de raças, mas ainda hoje existem organizações (no RS e SP) que são neo-nazistas (vão culpar os judeus pela desgraça do país), ainda vão haver grupos que vão culpar os EUA, os nordestinos, os negros e até as mulheres. E os estrangeiros vão ser eliminados do mercado de trabalho com o uso de armas => para Hitler, não existe solução que não passe pelo campo de batalha: "a luta é a mãe de todas as coisas, não é com princípios humanitários que o homem vive, mas unicamente por meio da luta mais brutal" - preparação para a guerra => matar o povo que está ocupando o lugar da "raça superiora". Ao mesmo tempo, Hitler diz: "quem tem aço, tem pão" => para que vamos produzir trigo, se podemos construir canhões e tomar o trigo de quem produz? Para que ser uma pátria de camponeses, se podemos ser os líderes? Porque só há uma raça: a germânica, as demais raças só servem para servir os germânicos.
Também houve o Militarismo. Pondo fardas (sentimento de igualdade entre as pessoas => Itália - Camisas Negras; Alemanha - Tropas de Assalto - Camisas Pardas; Brasil - Camisas Verdes - são os integralistas) nas pessoas e pagando um salário, cria-se empregos e prepara-se para a guerra ("a guerra regenera", a "luta é tudo", a "expansão salva"). Pôr o uniforme em uma pessoa em crise faz bem, porque faz a pessoa se sentir como parte de um conjunto, igual às outras. E isso serve em toda sociedade em crise, não importa a época.
Outra característica do nazi-fascismo é o Romantismo (é dar a vida pelo país, se preparar para o sacrifício, é totalmente irracional). Diziam que a razão não consegue solucionar os problemas do país, apenas a fé, o sacrifício, o heroísmo e a força é que conseguem resolver os problemas nacionais. Hitler: "a ruína de uma nação só pode ser impedida por uma tempestade de paixão, mas só os apaixonados podem despertar paixão nos outros" => paixão nesse caso não significa amor, e sim, esse romantismo. O povo deveria ter muita força de vontade.
Na hora de culpar o sistema, vão culpar os comunistas pelo caos reinante (Anti-comunismo). Na verdade, nem Itália, nem Alemanha são comunistas, elas são capitalistas, mas o povo não quer pensar nisso, apenas querem um culpado => os comunistas.
Ao mesmo tempo que é anti-comunista, é Anti-liberal, então mesmo sendo capitalista, o Estado vai dirigir as aplicações econômicas. Anti-liberal é diferente de anti-capitalista, é apenas um capitalismo dirigido => um Estado intervindo na economia.
Além dessas características gerais (totalitarismo, autoritarismo, nacionalismo, militarismo, anti-comunismo, anti-liberal e romantismo), ainda há características específicas dos países:
» Itália: existe o corporativismo => os sindicatos de trabalhadores e de patrões são extintos e, no lugar, aparecem associações (corporações) de produtores => junta-se o padrão e o empregado em um mesmo sindicato (uma mesma corporação). Isso é feito para que não exista a formação de sindicatos socialistas e, além disso, quando se junta patrão e empregado, retira-se a visão de capital e trabalho separados => eles acham que estão juntos e estar junto significa lutar pela nação, isto é, fortaleceu-se o nacionalismo.
» Alemanha: existe o racismo, principalmente o anti-semita (contra judeus). Culpa-se o "diferente". Hitler vai contar uma grande mentira => ele dizia que durante a I GM, os judeus vendiam os segredos dos alemães para a Tríplice Entente e que, na crise, o judeu se apropriava do capital que era alemão.
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