segunda-feira, 28 de setembro de 2015

8º ANO CONSTITUIÇÃO DE 1824



    
Pesquise nos links indicados e compare a lei que constava na constituição de 1824, a primeira lei de nosso país, com a atual constituição:
     1)      Qual era a forma de governo de 1824? E atualmente?
     2)      Como eram as eleições em 1824? E atualmente?
     3)      Como era a divisão dos poderes em 1824? E atualmente?
     4)      Hoje em dia o Brasil é considerado um estado laico. O que isso significa? O Brasil sempre foi assim? Justifique.
      5)      Em sua opinião, qual das constituições  é mais justa para com os brasileiros? 

6º ano CULINÁRIA CHINESA

Ler as informações dos links abaixo sobre culinária chinesa e anotar no caderno os assuntos que você achou mais interessante.
http://www.mundoeducacao.com/china/culinaria-chinesa.htm
http://www.restaurantechines.net/voce-sabia-que-a-culinaria-chinesa-tem-uma-historia-de-mais-de-3-mil-anos-2
http://bifum.com.br/v1/culinaria-chinesa-caracteristicas-e-curiosidades/
http://www.revistamacau.com/2013/06/16/o-mundo-da-cozinha-chinesa/
http://turmadecozinheiros.blogspot.com.br/2011/02/historia-da-gastronomia-chinesa.html
http://diariodedoischefesdecozinha.blogspot.com.br/2009/10/historia-gastronomica-mundial-culinaria_01.html

domingo, 13 de setembro de 2015

Avaliação

Não consegui mandar por email porque meu email não estava funcionando e tinha os meus contatos salvos lá. Segue abaixo a avaliação dos dois sextos. Podem ditar ou passar no quadro.
Obs: Fazer a caneta, com letra legível e os alunos podem usar a consulta que eles mesmos preparam para a prova. Somente isso!!! (nada de cadernos, livros ou xerox).


  AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA – 6º ANO
       1) Escreva qual foi a principal invenção dos povos mesopotâmicos.  Por que essa invenção é tão importante para a história da humanidade?
       2)   Qual é a localização da Mesopotâmia?
3     3) A Pérsia tinha cidades- estados autônomas um era formada por um império?
       4)    Explique o que era uma Satrápia.
       5)  Explique como era a crença (religião) do povo  hebreu.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

HOLOCAUSTO
http://www.brasilescola.com/historiag/holocausto.htm
http://www.significados.com.br/holocausto/
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005143
http://www.historiailustrada.com.br/2014/05/entenda-verdade-holocausto.html

Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/como-foi-participacao-brasil-segunda-guerra-mundial-495726.shtml
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2015/03/16/internas_viver,566448/atuacao-do-brasil-na-segunda-guerra-mundial-e-ate-hoje-alvo-de-controversias.shtml
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/FEB

EUA e Japão na Segunda Guerra Mundial
http://noticias.terra.com.br/educacao/historia/segunda-guerra-mundial-japao-desafia-estados-unidos,c8554a6efdc1d310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/2-guerra-mundial-1-em-1942-conflitos-locais-se-tornam-guerra-mundial.htm
http://www.infoescola.com/segunda-guerra/ataque-japones-a-pearl-harbor/

Principais batalhas
http://www.megacurioso.com.br/guerras/39134-conheca-5-das-batalhas-mais-sangrentas-da-segunda-guerra-mundial.htm
http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/
http://www.bfbrasil.com/forum/showthread.php?40723-Lista-de-Batalhas-da-Segunda-Guerra-Mundialhttps://grandesbatalhas.wordpress.com/category/segunda-guerra-mundial/

Consequências da Segunda Guerra Mundial
http://frisocronologico.blogspot.com.br/2007/05/2-guerra-mundial-causas-e-consequncias.html
http://warblog302.blogspot.com.br/2012/11/as-principais-consequencias-da-segunda.html
http://segunda-guerra.info/consequencias-da-segunda-guerra.html
http://pt.slideshare.net/susanasimoes/consequncias-da-2-guerra-mundial-31268169

domingo, 7 de junho de 2015

MULHERES NO ANTIGO EGITO

 

As Mulheres Egípcias


A mulher na sociedade egípcia exerceu um papel muito importante e tinha praticamente os mesmos direitos dos homens, o que não ocorria em outras civilizações da mesma época. Elas chegaram a postos que só foram alcançados pelas mulheres novamente na sociedade atual.
Havia muitos postos de trabalho e de destaque para as mulheres egípcias. Hatshepsut assumiu um deles e é considerada a mulher mais popular a governar o Egito com o título de Faraó.


Três musicistas no banquete – Pintura na tumba de Nakht.

No antigo Egito a esposa é quem cuida de todos ao seu redor, incluindo seus filhos e os seus servos. Havia vários trabalhos disponíveis para a mulher, especialmente se ela fosse de uma família rica. Existem inúmeros registros de mulheres fazendo serviços domésticos, como tecelagem e preparação de cerveja e pão. As mulheres, na ausência de seus maridos, eram as chefas e tomavam conta também das tarefas deles. Elas tinham os mesmos direitos dos homens em tribunais e estavam sujeitas às mesmas condenações aplicadas a eles.


“Nas primeiras tumbas, as mulheres não participam das obras mais importantes, bem como das diversões mais prazerosas; porém tampouco aparecem envolvidas nos trabalhos mais árduos. Os homens por exemplo, fazem o vinho, que requer maior esforço físico que a preparação da cerveja. Com exceção das cenas de mulheres musicistas e das danças realizadas por algumas moças muito atléticas, o papel das mulheres nos primeiros tempos parece muito decoroso, ainda que isso talvez se deva ao fato de não podermos interpretar as fontes em todo o seu conteúdo.” (BAINES; MALIK, 2008, p. 204)




Mulher em banquete – Pintado na Câmara de Nebseni.

O casamento no antigo Egito era considerado importante para as mulheres. As garotas egípcias costumavam se casar na faixa dos 12 anos, enquanto os garotos tinham entre 15 e 19. Elas também podiam se divorciar, caso sofressem algum tipo de maltrato, por exemplo. Nesse caso recorriam aos seus familiares e pediam ajuda para intervir no casamento. O divórcio era algo simples e não necessitava de muito tempo para a sua obtenção. Entre os principais motivos de divórcios estavam os maus-tratos, o adultério e a infertilidade.


“O mais surpreendente é que temos poucas informações tanto sobre as cerimônias de casamento quanto sobre os processos judiciais de divórcio. Ainda assim, o status legal de um casal que vivia junto era diferente do de um casado. Existe até o testemunho de um homem, que foi acusado de ter tido relações sexuais com uma mulher que vivia com outro homem, mas que não era casada com ele, e parece que isso não era considerado crime. Apesar dessas instituições relativamente livres, o adultério de uma mulher representava, pelo menos em teoria, um grave crime.” (BAINES; MALIK, 2008, p. 205)



Mulheres se arrumando com ajuda de servas – Pintura na tumba de Nakht.


O trono no antigo Egito era por direito do filho mais velho. Houve alguns momentos da história egípcia em que a rainha, com a morte do Faraó, precisou atuar como Regente até que o filho mais velho pudesse governar. Para se tornar um Faraó era preciso ter todos os títulos reais exigidos. O casamento geralmente era feito entre irmãos, para manter o sangue real da família. Quando o Faraó se casava com alguma mulher que não pertencia à família real, esta se tornava uma esposa secundária.


“As mulheres não possuíram nenhum título importante, sem contar alguns relacionados ao sacerdócio, e, fora alguns membros da família real e as soberanas reinantes, tiveram pouco poder político. Seu título mais comum era, “senhora da casa”, é um título de respeito que significa apenas algo mais que “Sra.” “(BAINES; MALIK, 2008, p. 205)


Fontes / Referências:

– BAINES, John; MALIK, Jaromir. Cultural Atlas of Ancient Egypt. London: Andromeda Oxford Limited, 2008.
– HART, George. The British Museum Pocket Dictionary of Ancient Egyptian Gods and Goddesses. British Museum Press, 2001.
– SHAW, Ian. The Oxford Illustrated History of Ancient Egypt. Oxford: Oxford University Press, 2000.

Sites / Referências:

http://www.reshafim.org.il/ad/egypt/
http://www.oxfordexpeditiontoegypt.com/

Cleópatra, a rainha do Egito

Por CRISTIANO CATARIN

Cleópatra, a rainha grega do Egito. Provavelmente tudo que o mundo sabe sobre ela esteja errado. Muitas versões a descrevem como uma mulher fatal e de rara beleza. Alguns relatos valorizam, com certo exagero, a questão estética da jovem rainha. Quem era a verdadeira Cleópatra?

Trezentos anos antes de Cleópatra governar o país mais rico do mundo, Alexandre, o grande, tinha acabado de conquistar o Egito. Desejoso de ser considerado uma divindade, o comandante militar dirigiu-se ao templo de Siwa – onde fora proclamado um deus pelo oráculo. Alexandre conquistou o maior império de toda história, dominando terras que iam da Europa a Índia. Cleópatra certamente inspirou seus objetivos, sobretudo políticos, as façanhas alcançadas por Alexandre, o maior líder militar que o mundo já conheceu. Ela era ambiciosa, determinada e inteligente, mas sua aparência não era de uma mulher fatal (veja a ilustração acima).

Origem e família da jovem rainha

Cleópatra era descendente dos reis gregos do Egito, os ptolomáicos. Ela nasceu em Alexandria. Seus cabelos eram avermelhados, a ilustração acima não mostra a rainha utilizando-se de jóias. Definitivamente, estas não são características de uma mulher fatal. Por outro lado, uma harmoniosa combinação de: espiritualidade, determinação e inteligência tornaram Cleópatra à mulher mais famosa do mundo. A localização dos ancestrais da jovem rainha fica a oitocentos quilômetros de Alexandria, na ilha de Filae. Nesta região, durante 300 anos, foram construídos templos dedicados aos XII Ptolomeus. Ptomoleu III foi o ultimo grande faraó da era ptolomáica, reconquistando grande riqueza que havia sido perdida para outras civilizações. Ptolomeu IV foi um grande fracassado que perdera grande parte das riquezas do Egito antigo.

O pai de Cleópatra, Ptolomeu XII, era conhecido como “o tocador de flauta”. O tempo todo ele dava primazia em tocar o pequeno instrumento de sopro, evitando assim, as responsabilidades do governo. Aos dezoito anos de idade, Cleópatra perdeu seu pai. O testamento de Ptolomeu XII dizia que o Egito deveria ser governado por Cleópatra e seu irmão, Ptolomeu. Mas na prática isto não chegou a ocorrer. Os dois brigaram pela disputa ao poder.

O Romance com Julio César

Júlio César, poderoso general romano, acompanhou de perto as desavenças entre Cleópatra e seu irmão, e no palácio de Alexandria, mandou chamá-los para entender melhor a questão.

Fontes antigas nos revelam que Cleópatra chegou até César antes de seu irmão. Enrolada e escondida em um tapete, ela temia ser surpreendida pelo seu irmão. O general romano ficou impressionado com a jovem rainha. Desde então uma atração física começou a dominar o futuro casal.

Cleópatra estava determinada com a idéia de conquistar um grande império, como de Alexandre. O terrível incêndio que destruiu a biblioteca de Alexandria durante um conflito entre egípcios e romanos deixou a jovem rainha profundamente magoada, revelando seu apreço pelos livros, seu maior patrimônio era a inteligência.

Cesar adiou sua volta a Roma e juntou-se a Cleópatra para conhecer melhor o Egito. Decerto, Cleópatra queria impressionar o general romano com a grandeza e principalmente riqueza de seu país. Cleópatra era considerada uma deusa, César como seu acompanhante também era visto como um deus.


Uma Esperança de vida

Foi no cemitério de Sakara que César viu pela primeira vez uma múmia de perto. A crença na vida após a morte e a possibilidade da imortalidade com a preservação do corpo, é uma idéia que pode ter atraído César que já estava envelhecendo. O nobre casal passou por Tebas, Karnak e Luxor, locais de grande admiração do Egito antigo. Durante este longo passeio, César observou também os grandes campos de trigo do Egito, alimento suficiente para alimentar seu exército.

Os restos do templo de Cleópatra podem ser visto em Hermonts. Foi neste local que a democracia romana entraria em declínio.

Cleópatra em Roma

César agora era um deus que teria um filho com Cleópatra. Esta idéia de governar Roma como um deus contaminou os sucessores de César. Era o fim da democracia no senado romano. Cesário, filho de Cleópatra com César governaria um grande império como o de Alexandre. Era uma possibilidade que passou a ser uma obsessão da jovem rainha. Em Roma havia grandes comemorações que aconteciam como desfiles de triunfos. Num triunfo egípcio, Cleópatra presenciou sua irmã, Arsenob acorrentada pelo exército romano, em correntes de ouro.

Cleópatra amava César, não Roma. Arsenob era uma ptolomáica, derrotada por romanos, isto marcaria a vida da jovem rainha para sempre. Mas a esta altura, Cleópatra era o assunto em evidencia de Roma. César ganhou muito dinheiro e comprou muitas casas, construiu um templo com a estátua de Cleópatra e um belo jardim para sua amada. Isto revelava o quanto era verdadeiro seu amor pela rainha do Egito. Já por dois anos em Roma, Cleópatra – aliada ao homem mais poderoso do mundo – tornou-se a mulher mais poderosa do mundo. Parecia certo que seu filho, Cesário, herdaria um império de grandeza similar ao conquistado por Alexandre, o grande. A idéia de eliminar a república romana não agradou nenhum pouco o senado. César foi terrivelmente assassinado por inimigos políticos.

Marco Antônio, aliado do Casal e general de César, expôs ao senado romano que Cesário, filho de Cleópatra era o herdeiro legítimo de César. Otaviano (sobrinho de César) reclamou tal legitimidade. A beira duma guerra civil, Cleópatra voltou para o Egito com seu filho. O país mais rico do mundo estava em declínio econômico e político. Mas Cleópatra utilizou de toda sua habilidade administrativa para melhorar a situação explorando as estradas de comercio (com a extração do Pófiro) e a rota das caravanas, esta última, estabelecida desde a era ptolomáica. A rota das caravanas desempenhava um duplo objetivo econômico, além de abastecer o comercio local, era também a principal mantenedora dos luxos do palácio egípcio.


O romance com Marco Antônio

O general Marco Antônio precisada das riquezas do Egito para vencer seu principal inimigo, Otaviano e conquistar Roma. Ele solicitou um encontro com Cleópatra em Tarsus. Cleópatra aceitou o encontro, porém, de acordo com sua conveniência. Por outro lado, Cleópatra precisava de Marco Antonio para dar continuidade em seu plano de entregar um grande império a seu filho, Cesário. Em Alexandria, Cleópatra já voltou amante de Marco Antonio e grávida de gêmeos. O general partiu para uma batalha e deixou a rainha no Egito. Algum tempo depois, uma carta de Marco Antonio revelava que ele estava com outra mulher e tinha abandonado Cleópatra.

Aos 29 anos, mãe de três filhos pequenos, Cleópatra teve de adiar mais uma vez seus planos quanto ao futuro de Cesário. Foi nesta ocasião, em Dendera, que a rainha dedicou-se intensamente a religião, que no Egito antigo significava basicamente uma transição entre deuses e o faraó. O país teria prosperidade assegurada, desde que esta transição ocorresse de maneira harmoniosa e precisa. Dendera abriga uma imagem de Cleópatra fazendo oferendas aos deuses. Detalhe: normalmente os faraós apareciam em paredes de templos acompanhados de seus maridos ou esposas. Mas Cleópatra não era uma rainha qualquer, seu filho Cesário, é quem aparece ao seu lado.

A volta de Marco Antônio

Marco Antônio voltou tempos depois e pediu um novo encontro com Cleópatra. Ele ainda precisava das riquezas do Egito para vencer Otaviano. A rainha estava com a mente confusa, mesmo com toda dedicação em preparar um futuro prospero para Cesário, Cleópatra tinha sentimentos. Ela fora abandonada prestes a dar vida a dois filhos gêmeos. Mas sua determinação política venceu seus ressentimentos, aceitando assim, um novo encontro com Marco Antônio. Desta vez Cleópatra condicionou as riquezas do Egito a um grande acordo nupcial. Para ela ficou a região de Arnúbia, Chipre, Sinai, Armênia, Norte da África e Fenícia.

Territórios conquistados com o sangue romano tinham sido entregues a uma rainha egípcia. Isto causou fúria em Roma, alimentando com raiva às tropas lideradas por Otaviano que estava preparando um confronto final contra Marco Antonio. Nesta batalha, Otaviano sagrou-se vitorioso. Cleópatra chegou a acompanhar de perto o confronto, mas quando percebeu a eminente derrota de Marco Antonio, fugiu em sua nau capitânia. A rainha seguiu para Alexandria. Marco Antonio não conseguiu acompanha-la e perdeu-se no caminho, caindo em desespero. Cleópatra planejou uma viajem até a Índia, onde fundaria um novo império com sua riqueza. Era sua última chance.

Em Petra, Cleópatra foi surpreendida e suas embarcações (carregadas e prontas para ganhar o mar) foram incendiadas. Marco Antônio, preservando o estilo romano, entregou-se a espada e fora morrer aos braços de sua amada. Já havia uma tumba preparada para Cleópatra. Porém, sua morte faz parte de uma discussão interminável.


A morte de Cleópatra

Muitos textos antigos afirmam que ela tenha sido morta por meio de uma picada de cobra. (resta saber se por uma NAJA, ou uma VÍBORA). A Naja possui um veneno mais letal e sua picada é de difícil identificação. Já a Víbora provoca um inchaço grotesco, e, por esta razão, a morte por meio de uma víbora é descartada por estudiosos.
A morte por meio da picada da naja evitaria a exposição de Cleópatra num triunfo romano, conforme desejo de Otaviano. Cleópatra estava confinada num dos quartos do palácio e, tudo que era levado até ela era inspecionado para evitar seu suicídio. Mas de alguma forma, ela conseguira se matar conduzindo uma de suas mãos a uma “compota” onde uma naja estaria entre os frutos. Quando os soldados romanos de Otaviano entraram no quarto da rainha, ela já jazia morta e vestida com trajes reais. Otaviano nada pode fazer a não ser expor para seu poderio militar um retrato da rainha Cleópatra.

Os dois filhos gêmeos de Cleópatra perderam-se na história. Otaviano matou Cesário, impedindo definitivamente qualquer chance de prosperidade política para o filho da rainha. Alexandria deixou de ser um lugar dedicado ao saber, passando a ser uma mera província romana no Egito. Mas Cleópatra nunca fora esquecida. Ela era a rainha do antigo Egito. 

As rainhas do Egito


Os arroubos de paixão de Cleópatra ficaram no passado. A poderosa rainha que governou o Egito durante o domínio grego é uma lembrança remota, mas mais viva que nunca. Uma cabeça de pedra é a única imagem de Cleópatra no museu de Alexandria.

 

Mas no salão dedicado à mais famosa das rainhas nenhuma outra estátua poderia dizer tanto sobre Cleópatra. Afrodite, a deusa grega do amor, a inspiração de uma mulher que queria o poder mas não abria mão da paixão.


Mil e quinhentos anos antes de Cleópatra uma mulher já mandava no Egito através de artimanhas: Hat-Sep-Shut, a rainha que usava barba postiça para mostrar que era poderosa como os homens. Quando o rei morreu, ela casou com o príncipe - seu enteado de nove anos de idade - e assumiu do lugar dele. Quando o marido cresceu, matou Hat-Sep-Shut e recuperou o trono.


Na longa história de poder e sedução do Egito, nenhuma rainha foi mais bela do que Nefertite. Tão bela que mesmo sendo irmã do rei foi escolhida pra casar com ele. Akenaton, o rei feio, tinha fixação pela beleza. Um revolucionário que mudou a arte, mudou a capital, mudou até de Deus, mantendo a tradição de governantes fortes e carismáticos.

Nefertiti

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Por Tiago Ferreira da Silva
Nascida no ano de 1380 a.C., Nefertiti, cujo nome significa ‘a mais bela chegou’, foi uma rainha egípcia da XVIII dinastia que se tornou notável por ser a esposa do faraó Amenhotep IV, conhecido como Akhenaton, responsável por substituir o culto politeísta pela reverência a um deus único, o rei-sol Aton. Com Akhenaton, Nefertiti teve seis filhas entre os nove anos de reinado do marido. São elas: Meritaton, Meketaton, Ankhesenpaaton, Neferneferuaton, Neferneferuré e Setepenré. Porém, ao longo do reinado egípcio de Akhenaton, três de suas filhas sucumbiram com o alastramento de uma peste da malária, que era conhecida como “doença mágica” por seu poder de devastação. Mais uma das filhas do casal, Meketaton, morreria cedo em decorrência de um afogamento acidental.
Apesar de ser um símbolo de beleza fascinante mesmo na atualidade, pouco se sabe sobre a vida de Nefertiti. Ela teve uma irmã que se chamava Mutnedjemet e foi criada pela ama Tiy, que era casada com um funcionário da nobre corte, até conhecer e casar-se muito jovem com o faraó Akhenaton.
A rainha teve grande importância na disseminação do culto monoteísta junto ao seu marido, pois era uma das únicas que podia reverenciar e interceder diretamente com o rei-sol Athon. No reinado de Akhenaton, o faraó e a rainha eram responsáveis pela realização dos cultos e eram figuras representativas dessa divindade, fortalecendo os laços com a população.
Por sua grande popularidade, alguns historiadores defendem a tese de que Nefertiti tenha sido alvo de assassinato de alguns sacerdotes que defendiam o politeísmo. Outros especialistas, ainda, acreditam que ela tenha se tornado co-regente de Akhenaton, acumulando mais poder. Essa última tese é levantada graças a uma imagem em bloco de pedra onde a rainha aparece golpeando um inimigo com uma maça, remetendo à ideia de força.
Entretanto, sabe-se que após o término do reinado de seu marido, Nefertiti sumiu misteriosamente, pois poucas escrituras e imagens retratam esse período de sua vida. Alguns arqueólogos estimam que ela tenha morrido no ano de 1345 a.C.
Em dezembro de 1912, os alemães acharam em sua terra natal uma escultura que identificaram como o ‘busto de Nefertiti’, obra que tornou-se a principal referência estética de sua beleza e austeridade que marcou o período do Egito Antigo. Atualmente, a obra pertence ao Museu de Berlim, na Alemanha.
 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

REVOLTAS NO PERÍODO REPUBLICANO


Resumo Sobre A Revolta Da Vacina, Bonde virado por populares durante a Revolta da Vacina
Bonde virado por populares durante a Revolta da Vacina
O que foi

A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).

Causas principais

- A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina.

- O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres. Entre estas medidas, podemos destacar a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), que desalojou milhares de pessoas para que cortiços e habitações populares fossem colocados abaixo para a construção de avenidas, jardins e edifícios mais modernos.

O que aconteceu durante a revolta 

-  Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.

- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados;

- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.

Reação do governo e consequências

- O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória.

- O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais).

- Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo.

- Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro. 


Revolta da Chibata

  
A Revolta da Chibata ocorreu durante o governo de Hermes da Fonseca, em 1910. Foi um levante de cunho social, realizado em subdivisões da Marinha, sediadas no Rio de Janeiro. O objetivo era por fim às punições físicas a que eram submetidos os marinheiros, como as chicotadas, o uso da santa-luzia e o aprisionamento em celas destinadas ao isolamento. Os marinheiros requeriam também uma alimentação mais saudável e que fosse colocada em prática a lei de reajuste de seus honorários, já votada pelo Congresso. De todos os pedidos requeridos, o que mais afligia os marujos eram os constantes castigos a que eram sujeitos. Esta situação revoltou os marinheiros, que eram obrigados, por seus comandantes, a assistir a todas as punições aplicadas, para que elas servissem de exemplo. Os soldados se juntavam e ao estampido de tambores traziam o rebelado, despido na parte de cima e com as mãos atadas, iniciando o castigo.
A sublevação deu-se quando um marinheiro de nome Marcelino Rodrigues levou 250 chicotadas por ter machucado um companheiro da Marinha no interior do navio de guerra denominado Minas Gerais, que se encontrava a caminho do Rio de Janeiro. Os rebelados assassinaram o capitão do navio e mais três militares. Enquanto isso, na Baía de Guanabara, os insurgentes conseguiram a adesão dos marujos da nau São Paulo.
O condutor da insurreição, João Cândido - o célebre Almirante Negro –, foi o responsável por escrever a missiva com as solicitações exigidas para o fim da revolta.
O presidente Hermes da Fonseca percebeu que não se tratava de um blefe e decidiu ceder diante do ultimato dos insurgentes. Os marinheiros confiaram no presidente, entregaram as armas e os navios rebelados, mas com o término do conflito o governante não cumpriu com a sua palavra e baniu alguns marinheiros que haviam feito parte do motim. Os marinheiros não se omitiram diante deste fato, estourando outro levante na Ilha das Cobras, o qual foi severamente abafado pelas tropas do governo. Muitos marujos morreram, outros tantos foram banidos da Marinha. Quanto a João Cândido, foi aprisionado e atirado em um calabouço na Ilha das Cobras. Quando se livrou da prisão, encontrava-se emocionalmente amargurado, considerado até mesmo meio alucinado. Em 1912 ele foi julgado e considerado inocente. Historicamente ficou conhecido como o Almirante Negro, aquele que aboliu o uso da chibata na Marinha brasileira.

Guerra de Canudos

  
O cenário era a Bahia do século XIX, quem governava o Brasil era Prudente de Morais. O Nordeste brasileiro serviu de palco para que ocorresse uma das mais significativas revoltas sociais da primeira República.
A rebelião conhecida como Guerra de Canudos deu-se em virtude da situação precária em que vivia a população, sem terra e obrigada a se submeter aos arroubos dos coronéis. As terras pertenciam aos grandes proprietários rurais – os conhecidos coronéis – que as transformaram em territórios improdutivos. Essa situação revoltou os sertanejos, que se uniram em torno deAntônio Conselheiro, o qual pregava ser um emissário de Deus vindo para abolir as desigualdades sociais e as perversidades da República, como a exigência de se pagar impostos, por exemplo.
Os moradores do arraial acreditavam ser ele um divino mestre, que já praticara até milagres. Antônio Conselheiro fundou o vilarejo denominado Canudos e os sertanejos e suas famílias para lá passaram a migrar. Vários fatores contribuíram para o desenvolvimento de Canudos. O clima seco castigava severamente a região, danificando o plantio de alimentos, secando os diques e matando os animais que não resistiam à falta de água. Os sertanejos também tentavam sobreviver, mas a cada ano milhares morriam de fome e sede. A maneira tão desumana de viver estimulava o surgimento de desordens e agitações sociais, transformando os camponeses em malfeitores que andavam em bandos pelos sertões do Nordeste, fortemente armados, apavorando as populações locais e invadindo as propriedades dos coronéis.
Antônio Conselheiro, entre outros devotos, propagava a salvação da alma e o povo tinha fé que seu messias os ajudariam a sair daquela situação precária. A igreja começou a perder seus fiéis para um falso religioso, na concepção do governo, e assim ele passou a ser malquisto pela Igreja. No ano de 1896, o arraial contava com mais ou menos 20 mil sertanejos que repartiam tudo entre si, negociando o excesso com as cidades vizinhas, adquirindo assim os bens e produtos que não eram gerados no local.
Mulheres e crianças: prisioneiros da Guerra de Canudos
Mulheres e crianças: prisioneiros da Guerra de Canudos
Os habitantes de Canudos precisavam se resguardar e decidiram então organizar milícias armadas, pois era de se esperar uma reação contrária da parte dos coronéis e da Igreja Católica. Enquanto a igreja perdia seus fiéis, os coronéis sentiam-se prejudicados com o constante deslocamento de mão-de-obra para Canudos, que prosperava a olhos vistos. A população abandonou a sociedade republicana convencional, que até então só a alimentara de falsas promessas, e partiu para na direção da nova sociedade que despontava. Mesmo sem nenhuma garantia, pois não havia falsas promessas, o que era mais honesto. Os padres e coronéis coagiram o governador da Bahia a tomar providências urgentes, eles queriam que o governo desse fim a Canudos. Os jornalistas e intelectuais também eram contra os moradores do arraial, pois entendiam que os mesmos desejavam a volta da monarquia, algo totalmente fora de propósito.

A Destruição de Canudos

Foram instituídas três empreitadas militares, que foram vencidas pelos seguidores de Antônio Conselheiro. Em virtude de tamanha dificuldade, o Governo Federal assumiu o comando. A quarta expedição foi organizada pelo então ministro da Guerra, Carlos Bittencourt, o qual recrutou cerca de 10 mil homens que, comandados pelo general Artur Costa, apoderaram-se de Canudos e promoveram um terrível massacre, no qual muita gente inocente morreu, principalmente idosos e crianças, que só buscavam uma melhor qualidade de vida. A Comunidade de Canudos foi arrasada no dia 05 de outubro de 1897, entrando para a história como o palco do mais intenso massacre já presenciado na história.

Guerra do Contestado


  
Conflito que surgiu entre 1912 e 1916, em uma área povoada por sertanejos, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina. Eram pessoas muito pobres, oprimidas, que não possuíam terras e também padeciam com a escassez de alimentos. Subsistiam sob a opressão dos grandes fazendeiros e de duas empreendedoras americanas que operavam ali – a Brazil Railway, responsável pela implantação da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira.
A Brazil Railway obteve do governo, como forma de remuneração pelos serviços prestados, o equivalente a 15 mil metros de terras, uma em cada margem da estrada de ferro, as quais tinham que ser obrigatoriamente povoadas por estrangeiros. Porém, o que a Brazil Railway mais queria era tirar proveito da riqueza da floresta nativa ali existente, que ostentava sua erva-mate, seus pinheiros e imbuias. As empresas empregaram os imigrantes nos trabalhos com a estrada de ferro e na exploração de madeira. Deram início então à retirada forçada dos nativos, que ocupavam ilegalmente um pedaço de terra, na qual trabalhavam para que se tornasse fértil.
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Essa atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua característica sócio-política. A Guerra do Contestado colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus –, figuras muito respeitadas por esse povo. No ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria (foto), une-se aos sertanejos revoltados, institui vários povoados com autoridade própria e igualdade social, ignorando a partir de então qualquer mandado vindo da parte de alguma autoridade da República Velha. Esses povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feição messiânica, sendo conhecido também como Guerra Santa. José Maria era estimado pelos seus seguidores - pessoas socialmente desprovidas de tudo - como uma alma boa que surgira para restabelecer a saúde dos adoentados e desprovidos. O costume do monge, de anotar as qualidades curativas das plantas que achava nas redondezas, o ajudou a construir no lote de um dos administradores uma botica, para melhorar a assistência de quem o procurasse.
O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mal dos territórios dos quais haviam tomado posse. No mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil. Novas sedes foram constituídas por seus sectários, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que, ávido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude.
A Guerra do Contestado acabou com a capitulação dos revoltosos e muitas mortes, pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.
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Bandeira do Contestado:
Cruz verde em fundo branco