O
que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as
pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação
das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil.
Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou
apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos.
Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos
do país.
As lendas
são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos
tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da
fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou
sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Região
Sul
( Paraná
• Santa
Catarina •
Rio Grande
do Sul )
1- Danças: congada, cateretê, baião, chula, chimarrita, jardineira, marujada.
Congada
Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.
Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.
Cateretê
Também
chamado catira,
cateretê,
é uma
dança
de origem
indígena
e dançada
em muitos
estados brasileiros.
Foi bastante
usada pelo
Padre Anchieta
que em sua
catequese,
traduziu para
a língua
tupi alguns
textos católicos,
assim enquanto
os índios
dançavam,
cantavam trechos
religiosos,
por este fato
é que
muitos caipiras
paulistas
consideram
muitas danças
diabólicas,
menos o cateretê.
Os trajes
usados são
as roupas
comuns de
todo o dia.
A dança
varia em cada
região
do país,
mas geralmente
são
dançadas
em duas fileiras
formadas por
homens de
um lado e
mulheres do
outro, que
batem o pé
ao som de
palmas e violas.
Também
pode ser dançada
só
por homens.
As melodias
são
cantadas pelos
violeiros.
Alceu Maynard
Araújo
registra e
explica em
sua obra que
essa dança
usada pelos
catequistas,
é muito
conhecida
e difundida
entre os caipiras
do Estado
de São
Paulo. Nas
zonas litorâneas
que temos
visitado desde
Angra dos
Reis (Estado
do Rio de
Janeiro) até
baía
de Paranaguá
(Estado do
Paraná)
ele é
dançado
com tamancos
de madeira
dura.
(...) Além disso, foi dança de um grupo social, dos tropeiros. Documentos abundantes mostram que, desde o Cubatão até o Interior mais distante, os tropeiros, de tropa arriada e de animais chucros, transformavam os pousos e ranchos em sedes de danças por eles preferidas, quase sempre o bate-pé. Na descrição por Hércules Florence (N.E.: o "pai" brasileiro da Fotografia, e que percorreu o Caminho do Mar no século XIX) do pouso de Cubatão, 1829, se vêem até os assistentes do sapateado batendo com as mãos nos bancos a fazer o ritmo.
(...) Além disso, foi dança de um grupo social, dos tropeiros. Documentos abundantes mostram que, desde o Cubatão até o Interior mais distante, os tropeiros, de tropa arriada e de animais chucros, transformavam os pousos e ranchos em sedes de danças por eles preferidas, quase sempre o bate-pé. Na descrição por Hércules Florence (N.E.: o "pai" brasileiro da Fotografia, e que percorreu o Caminho do Mar no século XIX) do pouso de Cubatão, 1829, se vêem até os assistentes do sapateado batendo com as mãos nos bancos a fazer o ritmo.
Pau
de Fitas
A
Dança
Pau de Fitas
é uma
tradição
milenar, originária
do meio rural
que aparece
em alguns
países
latino-americanos
como: a Espanha,
Inglaterra
e outras regiões
da Europa.
Este tipo
de dança
também
já
existia na
América,
muito antes
de seu descobrimento
e os maias
ainda incluem
em seus costumes.
Aparece ainda,
entre os mineiros
de Nuanda,
no Peru, no
século
XVIII. Em
São
Benedito de
Los Andes,
na Venezuela,
foi registrada
dança
semelhante
aos paus-de-fita
dançados
aqui no Brasil.
Em
tribos pagãs
essa coreografia
tinha o significado
de dança
da fertilidade.
Era executada
em torno de
um totem na
forma de membro
viril, em
que as mulheres
estéreis
realizavam
um culto,
fazendo evoluções
e invocando
a proteção
dos deuses
para por fim
à esterilidade.
Em
muitas partes
da Europa,
na primavera
ou no princípio
do verão,
ou mesmo no
dia do solstício
de verão,
era e ainda
é costume
ir passear
pelos bosques,
cortar uma
árvore
e leva-la
para a aldeia,
onde era erguida
em meio à
alegria geral.
A intenção
deste costume
era levar
para cada
uma das casas
da aldeia,
as bênçãos
que o espírito
da árvore
tem o poder
de conceder.
Até
hoje, mastros
de maio, adornados
de flores
e fitas, são
levantados
são
levantados
no primeiro
dia do mês
de maio, tendo
como objetivo,
atrair o frutificante
espírito
da da vegetação,
recém-desperto
pela primavera.
No
Brasil, esta
dança,
é encontrada
em vários
estados, fazendo
parte do repertório
de grupos
folclóricos
de várias
etnias. Nos
países
de origem
portuguesa,
ela geralmente
está
associada
à Dança
dos arcos
e flores e
à Jardineira.
A apresentação
desta dança
é uma
das mais bonitas
do folclore
catarinense.
Para o seu
desenvolvimento
é necessário
um mastro
com cerca
de três
metros de
comprimento,
encimado por
um conjunto
de largas
fitas milticoloridas.
Os dançadores,
sempre em
número
par, seguram
na extremidade
de cada fita
e, ao som
de músicas
características,
giram em torno
do mastro,
revezando
os pares de
modo a compor
trançados
no próprio
mastro, com
variados e
coloridos
desenhos.
No Rio Grande
do Sul estes
trancamentos
tomam o nome
de: “Trama”,
“Trança”
ou “Rede
de Pescador”.
Em
Santa Catarina
há
o”Tramadinho”,
“Zigue-Zague”,
“Zigue-Zague”
a dois, “Trenzinho”,
“Feiticeira”
e “Rede
de Pescador”.
Segundo Doralécio
Soares, existem
traçamentos
em que são
homenageadas
pessoas ou
entidades,
cujo nome
vai aparecendo
no ato do
trançamento.
2- Festa tradicionais: Nossa Senhora dos Navegadores, em Porto Alegre; da Uva, em Caxias do Sul; da Cerveja, em Blumenau (Oktoberfest); festas juninas; rodeios.
2- Festa tradicionais: Nossa Senhora dos Navegadores, em Porto Alegre; da Uva, em Caxias do Sul; da Cerveja, em Blumenau (Oktoberfest); festas juninas; rodeios.
3-Lendas:
Negrinho do
Pastoreio,
do Sapé,
Tiaracaju
do Boitatá,
do Boiguaçú,
do Curupira,
do Saci-Pererê.
O
Boitatá
O
Boitatá,
reza a lenda,
é um
monstro em
forma de cobra
que sobreviveu
a um grande
dilúvio
enterrado
em um buraco.
Acostumou-se
a enxergar
no escuro
e por isto
seus olhos
cresceram
- dizem até
que no lugar
de olhos há
duas bolas
flamejantes.
Por isto,
de dia é
quase cego;
de noite,
vê quase
tudo, e é
a hora que
o Boitatá
sai para se
alimentar
de restos
de animais.
No Sul, mais
precisamente
em Santa Catarina,
conta-se que
o Boitatá
tem esses
olhos luminosos
por se alimentar
apenas dos
olhos dos
animais, absorvendo
toda sua luz.
Perseguindo
os viajantes
noturnos ou
simplesmente
vagando por
aí
com sua luz
brilhante,
o Boitatá
é também
chamado de
"Cumadre
Fulozinha"
ou "Batatão"
no Nordeste
do Brasil,
ou de fogo-fátuo.
No Sul, é
conhecido
como "Baitatá",
"Bitatá".
E conta-se
que quem vê
sua luz na
noite fica
cego ou enlouquece
de vez.
A
origem de
seu nome parece
ser indígena,
vinda da expressão
"mbaê-tata",
que significa
coisa de fogo.
Para os índios,
o "mbaê-tata"
mora no fundo
dos rios.
Em 1560, Padre
Anchieta já
havia descrito
como o mbaê-tatá
era temido
pelos índios
- uma espécie
de assombração
muito perigosa.
Igualmente
em relação
aos africanos,
que trouxeram
o mito do
Biatatá,
que também
habitava as
águas
fundas e caçava
à noite.
E nem sempre
o Boitatá
é visto
como mau:
em algumas
tribos indígenas,
e também
no Sul do
Brasil, é
protetor da
mata contra
incêndios.
Na
verdade, é
comprovado
cientificamente
que o fogo-fátuo
é um
fenômeno
comum em áreas
pantanosas
e onde há
sepulturas
e carcaças
de grandes
animais. A
ilusão
de um grande
fogo em movimento
seria efeito
de gases inflamáveis
desprendidos,
vistos de
longe.
O
Curupira
O
curupira é
um indiozinho
peludo, com
os cabelos
e pés
virados para
trás,
protetor das
plantas e
animais das
florestas.
Vive montado
em um porco
do mato e
tem um cachorro
chamado Papamel,
de que não
se separa;
ao ver alguém
na mata, avisa-o,
cantando.
Também
dizem que
se disfarça
e ilude o
caçador
que o persegue,
fazendo-o
embrenhar-se
na mata até
se perder
e morrer de
fome.
Os
pés
virados para
trás
servem para
despistar
os caçadores,
que seguiriam
rastros falsos
até
se perder
na mata. Só
os que caçam
por necessidade
são
protegidos.
É
também
conhecido
como caipora
ou caapora
e protege
as fêmeas
grávidas
e os filhotes
de todo tipo
de animal.
Os caçadores
que temem
o curupira
não
perseguem
estes bichos
e não
caçam
à sexta-feira
em noite de
luar e nem
aos domingos
e dias santos.
Para agradar
esta criatura
das matas,
os índios
costumavam
deixar-lhe
presentes
nas florestas,
como penas,
esteiras e
cobertores.
O
Saci-Pererê
O
saci-pererê
é um
moleque negro,
de uma perna
só,
que usa uma
carapuça
vermelha e
fuma um cachimbo
de barro.
Dizem que
a sua força
está
na carapuça:
quem conseguir
apanhar e
escondê-la
fará
do saci seu
escravo por
toda vida.
É brincalhão,
pode aparecer
em qualquer
parte. Tem
as mãos
furadas no
centro e seu
maior prazer
é brincar
com uma brasa
acesa que
faz passar
de uma para
outra mão
pelos furinhos
das palmas.
Em
certas regiões,
porém,
o saci é
visto como
uma entidade
ruim. O mais
comum é
a versão
do saci como
um moleque
cheio de travessuras:
esconde brinquedos,
chupa o sangue
dos animais
das fazendas,
embaraça
a crina dos
cavalos, gora
os ovos da
galinha, "reza"
os milhos
de pipoca
para não
estourarem...
E
quem captura
um saci e
consegue se
apoderar de
sua carapuça,
pode pedir
favores ao
saci em troca.
Ele fará
qualquer coisa
para tê-la
de volta!
4-
Pratos:
churrasco,
arroz-de-carreteiro,
feijoada,
fervido.
5- Bebidas: chimarrão, feito com erva-mate, tomado em cuia e bomba apropriada.
5- Bebidas: chimarrão, feito com erva-mate, tomado em cuia e bomba apropriada.
TIPOS DE FOLCLORE
Mitos e Assombrações:
*Corpo Seco;
*Pisadeira.
Lendas:
*Boto;
*Saci-Pererê.
Adivinhas:
*O que é que é surdo e mudo, mas conta tudo?
Resposta: o livro;
*O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
Resposta: o segredo.
Promessas:
*Promessa 1
Santa Luzia
Passai por aqui
Com seu cavalinho
Comendo capim
Tirai este cisquinho
Que está aqui;
*Promessa 2
Menino Jesus da Lapa,
Vestido de azul Celeste,
Vou fazer a minha prova,
Por favor, seja meu mestre;
Quadrinha:
*ENCONTRO COM LOBISOMEM Antonio Cícero da Silva
Dizem que lobisomem
É meio bicho e meio homem
Que nas noites de lua cheia
A tudo que encontra consome.
É folclore no Brasil
Mas alguém fala existir
É monstro feio cabeludo
Ao falar dele todos param de rir.
O lobisomem rasga os cachorros
Por onde passa deixa o rastro
É sanguinário é bestial
Maltrata os animais no pasto.
Encontrei com um lobisomem
Quando ia [...];
*A GATA MARICOTA
A minha gata Maricota está no cio
É madrugada e dormir é um desafio
Ó seu João vai acabar com a serenata
Olha o seu gato no telhado da Renata.
Toma cuidado porque a gata está no cio
É madrugada e dormir é um desafio!
Pega essa gata que não para de miar
Toma cuidado que ela pode te arranhar
A minha [...]
Trava-Língua:
*A babá boba bebeu o leite do bebê;
*Chega de cheiro de cera suja!
Parlendas:
*Tropeiro fala de burro,
Vaqueiro fala de boi,
Jovem fala de namorada,
Velho fala que foi;
*O Papagaio come milho.
periquito leva a fama.
Cantam uns e choram outros Triste sina de quem ama.
Fórmulas de Escolha:
*Anabu, anabu
Quem sai és tu
Porque és filho de tatu
Vais casar com urubu;
*Uma pulga na balança
Deu um pulo e foi à França
Cavalinhos a correr
Menininhas a brincar
Vamos ver quem vai pegar.
Ditados Populares:
*Pela carga se conhece a carruagem;
*Cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça.
Superstições ou Simpatias:
*Para ser feliz no amor – No terceiro dia da Lua Nova, coloque, num copo sem uso, um apitada de sal, três gotas do seu perfume preferido e um papel com seu nome, idade e endereço. E, em seguida, uma rosa. Quando a rosa murchar, faça um banho de pétalas, com olhos fechados, pensando na pessoa que você ama (simpatia);
*O espelho – Não se deve olhar o espelho durante à noite, pois quem o fizer irá ver a própria assombração. E, se um espelho se partir, é porque alguém da família irá morrer (superstição).
Frases de Para-Choques de Caminhão:
*A velocidade que emociona é a mesma que mata;
*Um falso amigo é um inimigo secreto.
Jogos Populares e Tradicionais:
*A Galinha e o Gavião
O jogo consiste em escolher o gavião e a galinha através de uma forma de seleção qualquer. As demais crianças são os pintinhos. Forma-se uma coluna com um pintinho segurando o outro na altura da cintura, ficando a galinha na frente de todos.
O gavião fica solto e o seu objetivo é capturar os pintinhos, começando pela extremidade oposta à da galinha. É determinado um tempo para a captura (2 minutos, ou uma contagem até 50, por exemplo). A galinha deve proteger os pintinhos, enfrentando o gavião e fazendo com que todos os pintinhos sejam colocados para longe dele. Depois do tempo determinado, as posições são revezadas: a galinha passa a ser o gavião, o gavião o último pintinho, e o primeiro pintinho a nova galinha.
Brincado na região central de Mato Grosso, descrito por Alexandre Moraes de Mello, em Jogos Populares Infantis como Recurso Pedagógico de Educação Física, publicado em 1985, também conhecido por "Gavião e os Pintinhos", muito semelhante ao jogo do jaguar, descrito em "Influência Indígena".
Pode-se dizer que a furiosa truculência dos senhores de engenho e dos latifúndios contra os escravos manifestava-se nos mais inimagináveis castigos, desde as surras de chibatas ao tronco, até o martírio das argolas nos pés, além da prisão do negro pro intermédio de um prego ligando a orelha à madeira, estimulando fugas incessantes dos negros aos quilombos. Logo surgiu a figura do capitão-do-mato ou capitão-de-campo, caçador de negro fugido, que aparece no folclore da criança do norte, Sudeste e Nordeste, redutos de negros, e se manifesta no jogo de pegador, onde a figura central é o caçador de negros;
*Capitão-de-campo-amarra-negra
Veríssimo de Melo (1950, p. 1) descreve capitão-de-campo-amarra-negra como o jogo predileto dos meninos de Vitória (ES) no início deste século. Primeiro escolhe-se um menino para ser o fugitivo, através de qualquer forma de seleção. Este corre e some pela rua. Lá longe, fora da vista de todos, ele dá o sinal convencionado, anunciando que os companheiros já podem procurá-lo. O sinal é o grito: “capitão-de-mato-amarra-negra!”
Todos correm em várias direções para localizá-lo e agarrá-lo.
Basta tocá-lo para que ele seja substituído e recomece a brincadeira.
Provavelmente histórias fantásticas em torno das façanhas dos capitães de mato impressionaram o imaginário infantil, gerando o jogo
*Corpo Seco;
*Pisadeira.
Lendas:
*Boto;
*Saci-Pererê.
Adivinhas:
*O que é que é surdo e mudo, mas conta tudo?
Resposta: o livro;
*O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
Resposta: o segredo.
Promessas:
*Promessa 1
Santa Luzia
Passai por aqui
Com seu cavalinho
Comendo capim
Tirai este cisquinho
Que está aqui;
*Promessa 2
Menino Jesus da Lapa,
Vestido de azul Celeste,
Vou fazer a minha prova,
Por favor, seja meu mestre;
Quadrinha:
*ENCONTRO COM LOBISOMEM Antonio Cícero da Silva
Dizem que lobisomem
É meio bicho e meio homem
Que nas noites de lua cheia
A tudo que encontra consome.
É folclore no Brasil
Mas alguém fala existir
É monstro feio cabeludo
Ao falar dele todos param de rir.
O lobisomem rasga os cachorros
Por onde passa deixa o rastro
É sanguinário é bestial
Maltrata os animais no pasto.
Encontrei com um lobisomem
Quando ia [...];
*A GATA MARICOTA
A minha gata Maricota está no cio
É madrugada e dormir é um desafio
Ó seu João vai acabar com a serenata
Olha o seu gato no telhado da Renata.
Toma cuidado porque a gata está no cio
É madrugada e dormir é um desafio!
Pega essa gata que não para de miar
Toma cuidado que ela pode te arranhar
A minha [...]
Trava-Língua:
*A babá boba bebeu o leite do bebê;
*Chega de cheiro de cera suja!
Parlendas:
*Tropeiro fala de burro,
Vaqueiro fala de boi,
Jovem fala de namorada,
Velho fala que foi;
*O Papagaio come milho.
periquito leva a fama.
Cantam uns e choram outros Triste sina de quem ama.
Fórmulas de Escolha:
*Anabu, anabu
Quem sai és tu
Porque és filho de tatu
Vais casar com urubu;
*Uma pulga na balança
Deu um pulo e foi à França
Cavalinhos a correr
Menininhas a brincar
Vamos ver quem vai pegar.
Ditados Populares:
*Pela carga se conhece a carruagem;
*Cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça.
Superstições ou Simpatias:
*Para ser feliz no amor – No terceiro dia da Lua Nova, coloque, num copo sem uso, um apitada de sal, três gotas do seu perfume preferido e um papel com seu nome, idade e endereço. E, em seguida, uma rosa. Quando a rosa murchar, faça um banho de pétalas, com olhos fechados, pensando na pessoa que você ama (simpatia);
*O espelho – Não se deve olhar o espelho durante à noite, pois quem o fizer irá ver a própria assombração. E, se um espelho se partir, é porque alguém da família irá morrer (superstição).
Frases de Para-Choques de Caminhão:
*A velocidade que emociona é a mesma que mata;
*Um falso amigo é um inimigo secreto.
Jogos Populares e Tradicionais:
*A Galinha e o Gavião
O jogo consiste em escolher o gavião e a galinha através de uma forma de seleção qualquer. As demais crianças são os pintinhos. Forma-se uma coluna com um pintinho segurando o outro na altura da cintura, ficando a galinha na frente de todos.
O gavião fica solto e o seu objetivo é capturar os pintinhos, começando pela extremidade oposta à da galinha. É determinado um tempo para a captura (2 minutos, ou uma contagem até 50, por exemplo). A galinha deve proteger os pintinhos, enfrentando o gavião e fazendo com que todos os pintinhos sejam colocados para longe dele. Depois do tempo determinado, as posições são revezadas: a galinha passa a ser o gavião, o gavião o último pintinho, e o primeiro pintinho a nova galinha.
Brincado na região central de Mato Grosso, descrito por Alexandre Moraes de Mello, em Jogos Populares Infantis como Recurso Pedagógico de Educação Física, publicado em 1985, também conhecido por "Gavião e os Pintinhos", muito semelhante ao jogo do jaguar, descrito em "Influência Indígena".
Pode-se dizer que a furiosa truculência dos senhores de engenho e dos latifúndios contra os escravos manifestava-se nos mais inimagináveis castigos, desde as surras de chibatas ao tronco, até o martírio das argolas nos pés, além da prisão do negro pro intermédio de um prego ligando a orelha à madeira, estimulando fugas incessantes dos negros aos quilombos. Logo surgiu a figura do capitão-do-mato ou capitão-de-campo, caçador de negro fugido, que aparece no folclore da criança do norte, Sudeste e Nordeste, redutos de negros, e se manifesta no jogo de pegador, onde a figura central é o caçador de negros;
*Capitão-de-campo-amarra-negra
Veríssimo de Melo (1950, p. 1) descreve capitão-de-campo-amarra-negra como o jogo predileto dos meninos de Vitória (ES) no início deste século. Primeiro escolhe-se um menino para ser o fugitivo, através de qualquer forma de seleção. Este corre e some pela rua. Lá longe, fora da vista de todos, ele dá o sinal convencionado, anunciando que os companheiros já podem procurá-lo. O sinal é o grito: “capitão-de-mato-amarra-negra!”
Todos correm em várias direções para localizá-lo e agarrá-lo.
Basta tocá-lo para que ele seja substituído e recomece a brincadeira.
Provavelmente histórias fantásticas em torno das façanhas dos capitães de mato impressionaram o imaginário infantil, gerando o jogo